Saudades da Pandemia

A Pandemia ensinou (forçou, obrigou) e a expressão Isolamento / distanciamento fez-se presente, ensinando, dando chicotadas, alertando do perigo, chancelado a manada para quem sabe, uma nova reeducação no convívio social / democrático. Por sinal, ouvia-se bastante que no fim da Pandemia o homem, o povo brasileiro tomaria outros rumos e um dos caminhos levaria-o à aplicação do humanismo. Seria portanto, mais gentil, mais solidário, mais cortês e menos sonhos, churrascada, cachaçada, samba, futebol e sobretudo, menos canalha no trato com as coisas coletivas.

No período de confinação pandêmica, muitas pessoas aprenderem que, primeiro, solitude não é solidão, e é melhor ser acompanhado pela sua sombra, que juntar-se à sombra de outros.

Segundo, aprenderam que quantidade não é qualidade, portanto, a quantidade numérica não é essencialidade necessária. A vida de todos os habitantes do Planeta seguiu seu curso com trabalho e suor de poucos seres humanos que deveras, trabalhavam não apenas pelo seu sustento, mas para a manutenção de alimento e saúde nas mesas dos lares, fator primordial para a preservação das espécies.

Cristo estava certo: "antes sozinho, que "bem" mal acompanhado". Com efeito, quando o alarido da aglomeração for maior que a ação proposta, por mais vírus no ambiente. E não é pensamento de Bolsonarista genocida, terraplanista, engarrafadora de ar, de alma mais honesta do mundo ou outras patetices que inventam para ninar sapos em lagoas e lobos em noite de lua cheia, é versão atualizada de os fatos genéticos, ambientais e sociais.

Geneticamente, é plenamente aplicável o conceito estudado por Mendell; porém, ninguém citou a lei de seleção natural. E o tal "conheça-te, a ti mesmo", clichê atual não associado ao fato pandêmico à surrada frase filosófica.

Sobre a questão ambiental, latumia que sempre vêm à tona com os falsos movimentos e protocolos de preservação, ora a Natureza está saturada, desgastada, enfraquecida de recursos e não suporta, não possui resiliência para produzir para quase 8 bilhões de bocas comerem. Soma-se no número citado, os animais domésticos; ou alguém têm em sua casa animais que sobrevivem de ar, carinho, ronronar e latido choramingado?

Não trate de alimenta-lo, com ração de salmão e água mineral a tempo e hora, e verás a fera que tens debaixo de vosso teto. Afinal, por mais que o isolamento pandêmico tenha iluminado certos lares e mentes, ainda prevalece a dependência, tanto física quanto emocional, um do outro; o que pode ser denominado ajuntamento, união de forças às avessas. Gregarismo somente exploratório.

É preciso redemocratizar a democracia, reumanizar os humanos, reculturalizar o povo com modos mais solidários e uma Pandemia por pior que pareça, leva a massa, ainda que momentaneamente, ao aprendizado.

Porém, uma vez que o imediatismo é lei atual e a maioria assina como testemunha, um ano e meio pós-pandemia e a maldita amnésia do esquecimento assola a massa bruta. Logo em breve pinta outra limpeza planetária e com lágrimas e lamentos choramingados, despertam da letargia.

Em alusão ao "na alegria ou na dor" citado na Bíblia, alguém escreveu que é no barulho da farra ou no rasgo da pele do tambor que as cuícas emudecem e as brasas reacendem. Enrubescem. Faiscam labaredas de fogo e o resultado, queimaduras expostas.

Procrastinador

Putz leitor, fiz uma pesquisa intensa, a pauta está pronta, idem o rascunho, tudo ensaiado, mas nesta manhã fria, coberta pelo cinza das nuvens e sem sol faiscante, está faltando cortisol, adrenalina e dopamina em minha mente. Energia por aqui, só artificial.

Poderia voltar amanhã, prometo que o recompensarei com um super-artigo. Muito agradeço!

Sinal Verde:

Caminhos para a felicidade não há,

Todavia, embornal no ombro,

Olhos fixos no ocaso,

E as botinas no chão,

Os inventarão.

Se não começou, inicie;

Se botou o embornal no ombro,

Botinas nas estradas,

Prossiga.

O ocaso será coadjuvante motivador.

Porcunhol

Si traicionar los cumpaneros, traiciona nosotros, entoncis, evita Perón

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 15/08/2023
Reeditado em 16/08/2023
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