EU SÓ SEI QUE SOU ASSIM.

Eu,

Eu sou um termo assinado num tratado distante, onde o ter e o ser, é medido pela posse, ou por aquilo que aparenta possuir, mesmo que seja uma fantasia para impressionar a quem se pretende enganar.

A autenticidade perdeu o brilho, mudou de cor, tornou-se verde (não como a clorofila amazônica) mas como o dollar que lhe faz brilhar o olhar do status comprado pago e obtido, quiçá de maneira tão duvidosa.

Eu, eu sou uma pequinês visível, por vezes INXERGÁVEL, mas sou insistente o suficiente para viver em meio a tantos dispares, que acabo aceitando a minha condição em dizer: "SE ELES QUISEREM QUE SE AFASTEM, SE HONRARIAS NÃO VÊEM EM MIM".

Não sigo um elitismo pois esse não foi o meu métier. (E olha que nem precisei fazer biquinho francês ao pronunciar)Não venho de uma linhagem feudal que me qualifique como um ser aceitável numa sociedade burguesa e tão hipócrita, que vivem como se fossem lojas: ESTAMPANDO UM BRILHO PARA CHAMAR A ATENÇÃO DAQUELES QUE COMO ELES, BUSCAM ESSE BRILHO FRÁGIL DE VIVER, NUMA EFEMERIDADE TÃO VAZIA, QUE SÓ SE ENCHEM DE PRAZERES TRANSITÓRIOS.

Não que eu condene o bem estar e renegue a vivencia de um sonhado HIGH SOCITY, mas o bom disso tudo, é que podemos opinar em ser apenas: GENTE, que sonha, batalha trabalha, luta de forma incansável para conseguir obter o bem maior mais necessário para a vida daquele que nunca acumulou o sonho maior de consumo do que a sua simples casa para viver os maiores e melhores momentos da sua vida.

Simplório, sim... eu sou um termo assinado por mim mesmo, sem exigir que por mim mesmo seja protocolado e arrolado em vistas de testemunhas que jamais entenderiam o que de fato eu sou.

Carlos Silva - poeta escrevedor... um matuto DESESLINTINGUIZADO, que não precisa enfeitar palavras para o que simplesmente pode ser dito.

Caldas de Cipó -BA.

28 de dezembro do ano findo de 2021 e em pleno século XXI.