22 de abril. Um dia como hoje
Não quero PATRIOTIZAR ninguém, só quero lembrar a todas e todos, um pouco da HISTÓRIA E A HONRA QUE DEVEMOS TER E SER BRASILEIROS.
"E foi aqui o começo de tudo nasceu na Bahia, o Brasil".
Na minha visão, talvez essa, seja a verdadeira carta escrita falando da história de uma nação em que se plantando tudo poderia ter dado uma colheita muito melhor.
Na minha "inculta" narrativa, assim deixo registrado:
22 de abril do ano 1500 no Século XVI.
Não sei se o dia estava como está o dia de hoje, nublado.
Alguém gritou no ninho da águia: TERRA A VISTA.
Começava ali, a história do que se tornaria a nossa Pátria mãe gentil.
Pelas águas, o surgir invasor das embarcações que rugiam perdidas e desorientadas. E, pela terra, os olhares curiosos de uma gente que aqui habitava sem a interferência de seres de outra cor de pele. Para eles, era até estranho receber aquela gente estranha, vestidas em linhos protetores encobrindo suas vergonhas (o que saberiam depois, tratar-se de roupas ou peças de vestimentas dos hábitos costumeiros dos viventes e habitantes do além mar), pois se das águas surgiram, é porque existem outros tantos do outro kadocdessas tão profundas e longincuas águas.
O que toda aquela gente estranha queria com suas flutuantes embarcações que quebravam o silêncio das águas aportando em nossas terras?
Sem convite, eles aqui pisaram num solo sagrado cuja crença dos visitados era regida e ou cultuada a uma entidade única ao qual chamavam de Tupã.
Este, era o que recebia suas preces e oferendas de cultos e louvações, dando o.mesmo conceito de gratidão ao seu Guardião e protetor, com a mesma fé e crença que lhes deram os seus ancestrais.
Daquele dia, 22 de abril do ano de 1500, o viver dos habitantes daquelas terras jamais seria o mesmo que viveram até o dia anterior (21 de abril do ano de 1500) em que ali, eles só tinham a companhia de seu povo, (do seu imenso povo) que aqui viviam em pleno gozo natural com a riqueza dos tres reinos: ÁNIMAL, VEGETAL E MINERAL que os acolhia sem que houvesse a necessidade de cumprimento de ordens, e estavam sempre sob a proteção de Tupã.
Todavia, ao romper da aurora de um novo dia, o calendário do tempo, cumprindo a sua incumbência de avançar marcando uma outra data, chega ao 22 de abril do ano 1500.
O verde das folhagens, a cor vermelha do pau Brasil, quiçá o brilho do sol, a mansidão das nuvens, a tranquilidade do céu azul, a dança das ondas, a orquestra dos ventos, a sonoridade da fauna ecoando ao longo extenso daquele local de calmaria, que em muito breve seria alterado exatamente a partir daquele dia.
Assim, já acontece ali na ilha de Vera Cruz, ou na Terra de Santa Cruz, uma invasão batismal de um nome que recebe aquela parte de porção seca agora "Descoberta" pelos aventureiros das águas a serviço da coroa portuguesa.
Aliás, tudo e toda riqueza existente nos tres reinos, e todas as vidas vermelhas que em paz ali viviam, pertenceria ao domínio e posse da coroa portuguesa.
Terras e almas teriam naquele instante os seus DONOS COLONIZADORES, que além das trocas de souvenir, levariam muito mais do que ofereceriam aos inocentes e receptivos habitantes e donos das nossas terras brasileiras.
O resto da história, voce já teve e ainda tem através dos ensinos em salas de aulas, daquilo que te fizeram acreditar, e que ao modo deles, assim foi escrito para contar a nossa história.
Hoje os calendários viraram a sua numeração e a todos nós, testificam o 22 de abril do ano (Não mais de 1500) de 2021, sendo que chegamos aos 521 anos de nossa história, ainda lamentando os saques que daqui fizeram, deixando-nos uma herança de elembrancas amargas e tristes.
Pátria nossa nos perdoe, e em tuas terras acolha cada filho teu que acreditando na ORDEM E PROGRESSO, doaram seus corpos e derramaram seu sangue nesse solo sagrado ainda regido pelo mesmo Tupã da crença dos nossos visitados, que tanto se entregaram em lutas travadas, para tentar de alguma forma defende-la de tantos maus tratos recebidos
Quem dera Tupã, que hoje fosse tudo diferente, como era no dia 21 de abril do ano de 1500, quando o nosso povo dormiu ainda com a PAZ a sondar-lhe o espírito sob a fogueira acesa que aquecia os sonhos de uma gente, de uma tribo de uma imensa nação de guerreiros que por aqui viviam em paz.
Meu Brasil, se pudessemos ter de volta um pouco da metade de um muito que daqui foi tirado, nosso povo não precisaria viver como vive, pingando o suor de todos, para enriquecer a um bem estar de muitos, que por herança maldita e de algum modo, também aprendeu colonizar.
Contudo, feliz aniversário meu Brasil.
Carlos Silva - Cipó BA, 22 de abril de 2021.