Pandemia de Letras

Moderna(idade)

Cursam e fazem conferências, simpósios, seminários sobre direito (no diminutivo). Até nos botecos e estádios de futebol, o direito de tudo e para todos está lá; porém não existe nada, nem seta, nem norte, nada que oriente e ensine sobre respeito, honestidade e caráter.

Em verdade, nem nos lares, mesmo que por cima, os componentes da célula mater reunem-se para discutir sobre tais virtudes; afinal, acima das boas virtudes estão os deveres, e o cumprimento dos deveres, é o primeiro, é o conceito máximo de civilidade e cidadania. Democracia nesses moldes, nunca mais.

A Preguiça como Religião

Existem preguiças;

Sim, existem muitas modalidades de preguiça.

Dentre elas,

a preguiça pelo não fazer nada de nada;

E a merecida preguiça,

Após ter feito quase tudo do tudo;

Quase tudo do tudo, porque é impossível aos mortais que se dignam ao trabalho árduo,

Construir tudo,

Operar e fazer tudo.

"A preguiça viaja tão devagar, que sem muito esforço, a pobreza a alcança". Benjamin Franklin

Em síntese, as várias modalidades de preguiças atestam a existência dual entre Deus e o diabo. Contudo, alguma coisa tem que ter inclinação, mover-se dia e noite para o trabalho do bem; e na pior hipótese, a preguiça do diabo, alimenta-se da Natureza, filha operosa de Deus que trabalha, incessantemente para a sobrevivência dos seres vivos na Terra.

A técnica de Arquimedes

"Dai-me uma alavanca e um ponto de apoio, que moverei o mundo".

Só propor a fazer não basta, antes de tudo, deve-se ser curioso no reparar e examinar detidamente o que foi proposto; e em seguida, operar meticulosamente; pois a técnica do saber fazer bem feito regulamenta que se aprende através do método cognitivo de tentativas e erros.

Todavia, como errar se não se propõem reparar, olhar, examinar e por fim, tentar fazer? Qualquer resposta à pergunta, obviamente infundada, reforça a ideia vetdadeira ( e não é conspiração) que o diabo é silêncioso, depressivo, vagabundo, astuto, tornando certa modalidade de preguiça, religião mund'afora.

E onde há caminhos e flores, tem pedras e espinhos; e onde tem religião, há crentes, religiosos, pregadores, comunicadores e oradores.

P.S : do píncaro o qual estou, observo a abóboda celestial no horizonte, ao longe, mas lá ou aqui, a safadeza não é vista a olhos nus.

A honra e a honraria são maneiras veladas de dar voz à vaidade contida no ego.

Sobretudo, honra e honraria é própria e "merecimento" de cada um; em contrapartida, a honestidade e o brio na cara deveriam ser virtudes de todos, deveriam ser atributos humano praticados por todos, visando o bem coletivo.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 04/01/2021
Reeditado em 04/01/2021
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