Dinheiro na Cueca? Dionísio Neles

O legado de Dionísio, O Obscuro!

Sob a luz da Lua e ação dos ventos, poucos são os pernilongos, baratas e homens esquálidos e honestos que arriscam sair dos ambientes escuros; os quais, entocam.

Sob a luz do Sol, nas favelas: gataiada;

Já no Senado, Câmaras, Paços e autarquias, estaduais, federais e Municipais: rataiada.

Com sua lanterna, Dionísio procurou, procurou e nada encontrou. Não seria por quê a lanterna era mágica, na mão de um Dionísio que não foi gênio?

A loucura de quem faz de um barril, moradia, nega o dinheiro, a família e o Poder, está sempre correndo atrás dos iluminados desonestos.

Haja bateria para gerar energia na lanterna que caça, investida a essência dos podres desonestos.

Em um ecossistesma opressivo, sufocante, vorazmente desumano e obscuro, na falta de um lanterna, não é preciso olhos de lince, mas de percepção aguilhoada de abutre para viver e conferir as cuecas.

Por fim, o elefante cego pisou no carreiro, matando muitas formigas lavapés. Tudo aconteceu por acaso e logicamente, sem a racionalização do ato, pelo assassino.

Mesmo assim, será condenado pela Justiça fria dos homens, cujo símbolo é uma balança, vigiada de perto por alguém com as vistas (falsamente?) vedadas.

Graças a Deus por não ter mais que levantar cedo em um dia chuvoso, tirar a ramela dos olhos às pressas, cuspir o catarro amarelado na pia, deixar a metade do tártaro nos dentes, botar o embornal pesado pela marmita fria no ombro, enfrentar ônibus lotado de sovacos fedidos, para ir à labuta, em defesa da digna sobrevivência.

Planejamento, obstinação resignada e metas de vida dispensam até o que todos querem e investem, que é aposentadoria. Caso fosse igual à todos, atrofiaria a minha inteligência mental. Mataria meu corpo, dádiva divina.

Portanto, foda-se a pandemia; aliás, que a próxima ataque as vistas, causando cegueira nas pobres sociedades que por natureza e legado, sofrem desse mal. Em tempo, sou pobre e deleito, curto, gosto demais de ser pobre, porém detesto, odeio, abomino a pobreza.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 16/10/2020
Reeditado em 16/10/2020
Código do texto: T7088544
Classificação de conteúdo: seguro