Não a postarei mais; Prometo!

Em pá Tia?

Espiando a chuva mansa desfiando as gotas em linha, o relinchado meio resfolegado do vigoroso, cavalo rufião quase um macho rompedor, qualificado no meio equino, como quase seleto sêmem reprodutor, desposando o primeiro e assanhado cio acalorado da égua "Donzela"; e ouvindo o alegre e denunciativo friu, friu, friu frenético dos canários pousados nos fios, divaguei ao acaso que por aí tem gente colhendo frustrações, venenos, ervas daninhas, ingratidão e enganos por não semeá-la.

E mesmo que a semeie, não sabem fertilizar, regar, limpar os canteiros; enfim, não sabem os cuidados que requer essa cultura tão simples, porém, complexa de adaptação ao solo humano.

Malditos canários que enfatizaram a antipatia, que eu ao girar pelo mundo, necessitando de tudo e de todos, já sabia. Não é por mim que os sinos dobram, que as flores murcham, que os pássaros definham, sapos, peixes e grilhos descamam, que bocas e estômagos morram de fome, que as nascentes de água secam sob sol escaldante.

Reconheço, ainda que eu disponha de uma pá inteira e em excelente estado de conservação, nunca fui e não faço o menor esforço para ser jardineiro. Afinal, a empatia além de exigir empatia, dá trabalho aos sentidos, corpo e mente.

Em pá Tia, não! Trabalho é o que menos quero na vida. Ahh, que preguiça boa dos Didis, Didiabos! Bocejei um longo e absurdo, bocejado. Sempre bem vindo, por mim desejado. Ahh, que preguiça boa dos Lulus: Lulúciferes!

Da série: "Essa Prosa já foi lida". Sim, certamente já foi lida. Se não pelo preguiçoso leitor neste momento, por outro indolente leitor no passado.

Bonus:

De Lobato a Drumond

Nunca li uma sílaba escrita pelos 2, mas depois de passar por Itabira, estive em Cordisburgo, cidade natal de Guimarães Rosa e visitei a gruta de Maquiné; cruzei o estado de Minas e estando em Monteiro Lobato, São Paulo, fiz selfies com Rabicó, Saci Pererê, com a Cuca tenebrosa e cia.

Fenomenal viagem literária feita através dos mapas. Com eles, eu sei, eu pesquiso, faço EaD, a minha mente vai aonde a flamejante geografia dos neurônios, quiserem. Depois dessa memorável viagem cultural/educacional, que aliás, faz mais de 15 anos, por enquanto, eles estão apagados, estáticos, parados e estando fora do braseiro, sem tino para nada.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 21/01/2020
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T6846924
Classificação de conteúdo: seguro