Tem alguém aí?
- Tem alguém aí?
- Onde?
- Do outro lado do picadeiro; imbecil, disfarçado de desentendido?
- Não.
- Não? Então em quê lado você está?
Com mais de 123 anos, muitas horas e um bocado de segundos de fluência no bater de asas, fazia tempo, aliás nem sei, creio que nem cheguei ver, miríade de palhaços encenando um espetáculo folclórico num picadeiro sem plateia, como atualmente.
No enredo da peça teatral, política, justiça, caloteiros, carnaval, religião, futebol, hipocrisia, corrupção, tráfico, prostituição, adúlteros, pescadores, caçadores, mentirosos, favorecidos e a polivalente sociedade brasileira, celebram o mesmo papel.
Resumindo, é muita PUTARIA para um discurso só; prometo escrever outros, pois material humano no Brasil é o que não falta.
- Ah! Depois desse aclarado e acalorado discurso, agora entendi. Aqui tem gente, sim! E como tem; está apinhado de gente de nacionalidade brasileira! Salvo engano, minha raça/espécie ultrapassa os mais de 205 milhões; é pouco ou quer mais?