A Arte de Educar e a Sobrevivência da Nossa Espécie

Percebo e sinto que estamos perdendo o sentido da arte de educar nossos filhotes, enquanto na natureza os animais demonstram sobejamente que sabem o que fazer com os seus.

Educar é a mais nobres das artes, porque é ela que produz o despertar do espírito humano, ainda na infância.

Os Hindus dizem que o espírito dorme no mineral, respira no vegetal, sonha no animal e desperta no homem.

A educação que não provoca esse despertar é apenas uma reprodutora da cultura vigente, dominante.......e empobrece a inteligência que herdamos.

O verdadeiro educador, aquele comprometido com a arte de educar, deve se perguntar se está a serviço da humanidade ou apenas do sistema que o remunera.

Fundamentalmente, a arte de educar busca despertar a essência do que nos torna humanos:

• Nossa capacidade de pensar;

• Nossa capacidade de sentir;

• Nossa capacidade de escolher;

• Nossa capacidade de fazer.

Desse modo, fica evidente que o futuro e o destino da humanidade depende da mais importante das artes, a arte de educar.

O grande educador Rubem Alves, tinha um jeito peculiar de falar da arte de educar, dizia que educar é mostrar o mundo a quem ainda não o viu”.

Dizia também, que e educação se divide em duas partes:

A educação das habilidades e a das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, as habilidades são tolas e sem sentido.

Mas eu diria que a exclusiva educação das habilidades nos leva para um caminho perigoso, onde simples ferramentas podem se tornar armas perigosas .

Destacava que os conhecimentos nos dão meios para viver e que a sabedoria nos dá razão para viver.

Portanto, a arte de educar está relacionada com a arte de viver que se expressa na diversidade cultural.

Ensinar a importância dessa diversidade, deve ser o grande compromisso de todos os educadores.

A diversidade cultural é o verdadeiro patrimônio da humanidade, pois dessa tapeçaria multicolorida emerge um ser criativo, inteligente, capaz de se conectar com uma sabedoria que resgata e acolhe o Ser nos momentos tenebrosos e caóticos da trajetória humana.

É preciso manter viva a arte de educar das mais diversas experiências humanas, porque a homogeneidade cultural é o maior perigo para a sobrevivência da nossa espécie.