THE SONG REMAINS THE SAME
Um elogio ao Rock
Escrito para um evento de rock, reunindo
novas bandas, realizado em Tanguá em 19/02/2000.
Cheguei à conclusão,
num dia desses,
de que o Rock é eterno.
Eu não nasci há 10 mil anos,
- tenho só 30 anos -
mas já vi tanta coisa,
que posso garantir:
o Rock é mesmo eterno!
Quando eu nasci,
Buddy Holly e
seus Crickets
já tinham feito sucesso
com toda a juventude
transviada, mas inocente,
dos anos 50
- e já estava morto.
Richie Valenz,
um latino cheio de ginga,
já tinha gravado
a inesquecível "La Bamba",
e entrou pra história
de um dia pro outro
- mas também já tinha morrido.
Bill Haley e seus
Cometas ainda estavam
vivos quando eu nasci,
e já tinham feito
o mundo inteiro
sacudir ao som de
"Rock around the Clock".
Quando eu nasci,
Elvis Presley já era
o grande Rei do Rock,
com seus "Blue sued Shoes".
Chuck Berry já tinha gravado
"Johnny Be Good"
e inventado com perfeição
o bom e velho rif de guitarra.
Os Beatles já tinham
mudado o mundo
quando eu nasci.
Lennon já se achava mais
famoso do que Jesus Cristo
e os 4 de Liverpool
já tinham ido de
"Love me do" a "Let it be".
Mick Jagger e
os Rolling Stones
já tinham dito
"I can't get no satisfaction"
quando eu nasci.
Bob Dylan e sua guitarra
já tinham pintado o folk rock
com "Blowin' in the wind".
Quando eu nasci,
Janis Joplin já tinha
assombrado o mundo
com aquela voz negra no blues.
Jim Morrison já tinha
aberto as "Portas da Percepção".
E Hendrix, o maior de todos,
já tinha reinventado a guitarra.
É por isso que não tenho dúvidas:
o Rock é eterno!
Eu, que não vi nada disso
e só sei do rock de antes
por histórias, e livros, e discos,
posso levar um papo com Lennon,
posso gritar com Janis
posso filosofar com Dylan.
Eu tenho só trinta anos,
mas já vivi mais que Hendrix
e Janis, e Morrison,
mais que Buddy Holly e Richie Valenz.
- Só não vivi mais do que Cristo,
mas esse, que devia ser roqueiro,
está vivo há mais de dois mil anos,
mais até do que John Lennon.
E nesses trinta anos
vi que o rock não ia acabar.
Vi o Jimmy Page e
o Led Zeppelin
virarem lenda, e vi
o Deep Purple com
John Lord e Ritchie Blackmore
darem cor ao hard rock.
Vi bandas progressivas
virarem dinossauros sonoros,
ouvi Yes, Genesis, Pink Floyd,
Emerson, Lake and Palmer,
complicando o rock
que era tão fácil,
pra fazer a música antiga
se renovar outra vez.
Mas vi, nesses trinta anos,
surgirem o punk e o heavy metal,
pra sacudir as estruturas
dos velhos donos do poder.
Vi o Clash e os Sex Pistols
devolverem ao rock
os incansáveis três acordes.
Eles e os Ramones, é claro.
Vi nascer o Iron Maiden,
ouvi o primeiro disco
do Queen, do Rush, do Mettalica,
até mesmo do Kiss,
com suas máscaras e magias.
Vi surgir o thrash, o speed
e o sei lá o que metal
pra radicalizar mais e mais.
Porra, são só trinta anos,
mas já passei pelo rap,
funk, dance, tecno,
new wave e outras misturas.
Ouvi Sting quando ele
e o Police eram ainda roqueiros.
Vi surgir o U2, pra acender
a Irlanda de tantas guerras.
Eu sei que não sou eterno
e que mesmo os roqueiros
vão morrer um dia.
Lembro quando aprendi
a tocar guitarra e
montei minha primeira banda
- e, naqueles dias, eu já tinha
visto o Rock 'n Rio e o Rock Brasil.
É nessas horas,
quando ouço as bandas daqui,
que lembro de Rita Lee,
e do insuperável Raul,
e vejo que Paralamas, Titãs,
Barão Vermelho, Legião Urbana
e outros mais, sobreviveram
às pressões do tempo e da mídia.
É quando eu olho aqui
novas bandas que só querem
fazer rock em paz
e passar a sua mensagem,
que eu chego a essa certeza:
o Rock é eterno;
quando eu nasci ele já existia,
quando eu morrer, ele ainda estará lá ...
Um elogio ao Rock
Escrito para um evento de rock, reunindo
novas bandas, realizado em Tanguá em 19/02/2000.
Cheguei à conclusão,
num dia desses,
de que o Rock é eterno.
Eu não nasci há 10 mil anos,
- tenho só 30 anos -
mas já vi tanta coisa,
que posso garantir:
o Rock é mesmo eterno!
Quando eu nasci,
Buddy Holly e
seus Crickets
já tinham feito sucesso
com toda a juventude
transviada, mas inocente,
dos anos 50
- e já estava morto.
Richie Valenz,
um latino cheio de ginga,
já tinha gravado
a inesquecível "La Bamba",
e entrou pra história
de um dia pro outro
- mas também já tinha morrido.
Bill Haley e seus
Cometas ainda estavam
vivos quando eu nasci,
e já tinham feito
o mundo inteiro
sacudir ao som de
"Rock around the Clock".
Quando eu nasci,
Elvis Presley já era
o grande Rei do Rock,
com seus "Blue sued Shoes".
Chuck Berry já tinha gravado
"Johnny Be Good"
e inventado com perfeição
o bom e velho rif de guitarra.
Os Beatles já tinham
mudado o mundo
quando eu nasci.
Lennon já se achava mais
famoso do que Jesus Cristo
e os 4 de Liverpool
já tinham ido de
"Love me do" a "Let it be".
Mick Jagger e
os Rolling Stones
já tinham dito
"I can't get no satisfaction"
quando eu nasci.
Bob Dylan e sua guitarra
já tinham pintado o folk rock
com "Blowin' in the wind".
Quando eu nasci,
Janis Joplin já tinha
assombrado o mundo
com aquela voz negra no blues.
Jim Morrison já tinha
aberto as "Portas da Percepção".
E Hendrix, o maior de todos,
já tinha reinventado a guitarra.
É por isso que não tenho dúvidas:
o Rock é eterno!
Eu, que não vi nada disso
e só sei do rock de antes
por histórias, e livros, e discos,
posso levar um papo com Lennon,
posso gritar com Janis
posso filosofar com Dylan.
Eu tenho só trinta anos,
mas já vivi mais que Hendrix
e Janis, e Morrison,
mais que Buddy Holly e Richie Valenz.
- Só não vivi mais do que Cristo,
mas esse, que devia ser roqueiro,
está vivo há mais de dois mil anos,
mais até do que John Lennon.
E nesses trinta anos
vi que o rock não ia acabar.
Vi o Jimmy Page e
o Led Zeppelin
virarem lenda, e vi
o Deep Purple com
John Lord e Ritchie Blackmore
darem cor ao hard rock.
Vi bandas progressivas
virarem dinossauros sonoros,
ouvi Yes, Genesis, Pink Floyd,
Emerson, Lake and Palmer,
complicando o rock
que era tão fácil,
pra fazer a música antiga
se renovar outra vez.
Mas vi, nesses trinta anos,
surgirem o punk e o heavy metal,
pra sacudir as estruturas
dos velhos donos do poder.
Vi o Clash e os Sex Pistols
devolverem ao rock
os incansáveis três acordes.
Eles e os Ramones, é claro.
Vi nascer o Iron Maiden,
ouvi o primeiro disco
do Queen, do Rush, do Mettalica,
até mesmo do Kiss,
com suas máscaras e magias.
Vi surgir o thrash, o speed
e o sei lá o que metal
pra radicalizar mais e mais.
Porra, são só trinta anos,
mas já passei pelo rap,
funk, dance, tecno,
new wave e outras misturas.
Ouvi Sting quando ele
e o Police eram ainda roqueiros.
Vi surgir o U2, pra acender
a Irlanda de tantas guerras.
Eu sei que não sou eterno
e que mesmo os roqueiros
vão morrer um dia.
Lembro quando aprendi
a tocar guitarra e
montei minha primeira banda
- e, naqueles dias, eu já tinha
visto o Rock 'n Rio e o Rock Brasil.
É nessas horas,
quando ouço as bandas daqui,
que lembro de Rita Lee,
e do insuperável Raul,
e vejo que Paralamas, Titãs,
Barão Vermelho, Legião Urbana
e outros mais, sobreviveram
às pressões do tempo e da mídia.
É quando eu olho aqui
novas bandas que só querem
fazer rock em paz
e passar a sua mensagem,
que eu chego a essa certeza:
o Rock é eterno;
quando eu nasci ele já existia,
quando eu morrer, ele ainda estará lá ...