O Cronipoema


Cronipoema cheira a poema cronológico.
Possui o mesmo aroma da crônica.
E nada mais é do que um relato curto
e meio rimado,
e meio estrofado,
das coisas do cotidiano.

Cronipoema tem a ver com poema crônico também.
Frases curtas ,feito versos.
Coisa de quem não sabe dizer,
se não for à luz das velas,
ao som da melodia enternecida de um violino suspenso no ar,
ao murmúrio de um regato sob o céu de Setembro.

Coisa de mulher da meia-idade com um olho no passado e o outro no presente.

De frase em verso branco,
ou em rima pobre lado a lado,
a agulha do meu tempo
costura-me o decote cavado.
E o poema prometido
pra um dia de euforia,
vai rolando em meu vestido
até que eu mesma me ria.

Poema cronológico crônico.
Crônica em crono-poema.




Zully Oney Teijeiro Pontet
Enviado por Zully Oney Teijeiro Pontet em 11/01/2006
Reeditado em 11/01/2006
Código do texto: T97259