Críticos e Analistas

Críticos e Analistas. Impõem-se critério a ambas as partes.

Foi devido à sua capacidade de assimilação, como à sua capacidade

de ponderação, feita através, da tentativa e do erro, inerente

à vontade própria do ser humano, que o Homem singrou e que, ainda hoje, mantém inalteráveis as expectativas, de poder continuar a dizer do porquê de seu estatuto, de animal racional, no pleno gozo de sua inteligência.

Tal porém não é sinónimo, nem de certeza, de que assim seja (apenas

porque sofrêssemos de alguma doença crónica), muito menos é garante de segurança, como o prova, variadíssimas vezes, a longa história da civilização humana, onde, à existência de povos cultos e desenvolvidos, seguir-se-iam tempos, de recuo e desvalorização do «culto» do Homem, até chegar-se à barbárie.

Tenho para mim, ainda assim, que não é tarde para nada, neste Mundo,

mesmo porque também nada é, à partida, um dado adquirido, fechado em redoma estático ou fundamental. No fim das contas, tudo é uma eterna repetição de qualquer coisa, a dado momento, em determinada passagem deste infinito percurso, rumo ao Homem, ao seu bem estar, cabendo apenas a nós – e só a nós e a cada um de nós – descer do plinto e ponderar sobre a importância de ser-se um Homem no Mundo.

O resto são paisagens que cada um colore à sua maneira.

Jorge Humberto

(às 5, 24h, do dia 17, mês de Julho, do ano 2004)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/01/2006
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