Rumo é Rumo
A calma da alma agita a vida
É preciso, é preciso mudar, agitar, complicar
Pra quê sossego se posso perturbar, arruaçar, badernar
Desarrumo a cama e durmo sobre pregos, faquir urbano procura trabalho de carteira assinada!
Minhas serpentes estão todas envenenadas, morrem dia a dia, minha musica não mais serve, encanto tolos e quase ouro algum.
Sem canto e sem flauta, pico a musica e retalho as palavras, boicoto a prosa.
Calma, que calma, tudo se mistura, tudo se agita, contorço meu equilíbrio, e fico de pé
Mudo tudo, procuro o normal, largo meu emprego seguro de faquir
Agora, contorcionista e malabarista em casa de família, caráter elástico, índole mágica
Artista da vida, circo ambulante de um homem só, palhaço talvez no fim das contas
Contas pagas, trabalho novo, experiência não falta, sigo a vida, caio no rumo
Certo ou errado, rumo é rumo, a que e para onde, não me interessa,
Faquir, malabarista, contorcionista urbano, e agora, desempregado penso na vida
No que fazer, onde e como, tenho uma inspiração, viro poeta, escrevo o desconto
De conto em conto, sem desconto e fim de historia, o espetáculo esta pronto!