A VINGANÇA DO EGO

Eu queria tanto namorar uma loira.

Em minha cabeça era o máximo.

Na cabeça dos diretores de Hollywood

era tudo.

Hoje, a licença poética ainda não tem

aval da justiça pra dizer minha nega.

Assim como nunca se falou em minha loira.

Meu ego se revolta. Esbraveja. E sente

náuseas de tanto ouvir pagodes.

Meu ego ensaia vinganças.

Não que tenha preconceitos,

mas loiras me lembram cervejas.

E negras me lembram Áfricas.

Que também me lembram cervejas.

A Niger é uma delas.