A covardia da violência - BVIW
Esta semana vi uma postagem no Instagram, com pedido de doações, para um cachorrinho que teve ossos quebrados devido a uma surra que levou na rua. Motivo: nenhum. Aliás, talvez somente o fato de que alguém mal resolvido e violento olhou para o filhote indefeso e resolveu descarregar seu saco de maldades.
Ainda no Instagram, fiquei abismada ao ler postagem da professora Débora Diniz, sobre uma mulher que estava em audiência, respondendo perguntas da promotora e da juíza dentro de um carro. O susto foi que, ao lado dela, tentando se esconder da câmera do celular, estava o próprio agressor, justamente a pessoa sobre a qual ela tem medidas protetivas. Além de já ter sido violento antes, ele estava assediando a vítima, para que não o acusasse. O homem acabou sendo preso.
Dois exemplos entre milhares que as redes sociais mostram. Seriam elas unicamente um espelho da violência? Parte desses recortes também é divulgado em televisão, em jornal impresso, rádio. A acessibilidade ao compartilhamento de informação faz com que tenhamos mais contato com esses casos, que antes talvez não chegassem até nós.
No mais, o que me preocupa é perceber a quantidade de pessoas sendo violentas com mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência, indígenas, negros, LGBTQIA+, moradores de rua... Onde mais há vulnerabilidade, mais a covardia dos violentos quer se estabelecer. A sociedade precisa se unir contra a violência. Não podemos assistir sem fazer nada.