Insônia e Reflexões!
Como nunca isso é novidade. Hoje, cinco horas da manhã, já estava desperto. Talvez nem todos sejam iguais a mim. Infelizmente, quando uma preocupação entra na minha cabeça, é difícil dela sair. Depois de muitas horas de insônia, ou até mesmo dias, é que ela vai dissipando. O cérebro da gente era para ser obediente, mas, ocasionalmente, acho-o muito rebelde. Determino para ele: Não quero me desgastar com isso, tira isso da minha cabeça, é aí que ele faz o contrário.
Assim que minha esposa chegou da casa da minha mãe, ela fez o café, tomamos e depois fomos orar um pouco. Depois da oração, fui ver se a minha veinha acordou. Olhei para a parede e o relógio marcava onze horas. Ela havia acordado recentemente e estava vendo suas mensagens no celular. Apesar de ter 88 anos, ela é conectada com o mundo, rs. Antes que ela levantasse para conversar com a turma, aproveitei, sentei na beira da sua cama e compartilhei com ela as minhas preocupações.
Sabe, meus queridos, vivos somos apenas três irmãos: Eu, Suely e o Careca que é cabeludo. Como sempre, minha vida é cheia de paradoxos: ele, que o povo chama de careca, é cabeludo; eu, que o povo chama pelo nome, sou demasiadamente careca, sobrando alguns fiapos nas laterais. No dia que o Senhor chamar a minha mãezinha, dos três irmãos, creio que serei eu o que mais irá sofrer com a sua ausência. O Careca, agora tem um neto, e o tempo dele agora, quando não está trabalhando, é todo para o neto. Em vida, ele não é muito presente com ela; quando ela partir, creio que ele se abalará menos. Depois dele, creio que minha irmã sofrerá um pouco mais. Afinal de contas, ela é mãe de três filhos. Eu nunca fui mãe e muito menos pai; todavia, creio que o amor dela sempre será incondicional para os filhos. Agora, dos três, com certeza, eu serei o que mais sofrerá. Tirando a minha esposa, não tenho em quem me apegar. Não tive filhos. Antigamente, na Bíblia, a pessoa era considerada maldita se ela não desenvolvesse a sua prole. Então, este maldito aqui será o que mais sofrerá com a ausência dela.
Sem falar que, desde bebezinho, sempre fui apegado à minha mãe. Ela sempre guerreira. Naquela época, ela já era viúva. Lecionava durante o dia e, à noite, fazia malhação pedalando a sua máquina. Enquanto ela trabalhava, eu ficava andando pelo concreto liso verde, se eu não estiver equivocado. Lembro-me que um dia, parei de correr pelo piso, sentei, peguei um pedacinho de bosta e comecei a degustá-lo, rs. Interessante que, até hoje, sinto o gosto da titica na boca. Uma coisa sei: enquanto vida ela tiver, orarei para que os dias dela sejam acrescentados, com muita saúde e paz. Minha esposa é outra que, também, sentirá muito a sua falta.
Vamos mudar a fita, chega de falar de tristeza. Devo ter uma aura boa, porque esses cachorrinhos pequenos, ao chegar aqui nas quitinetes, vêm passear aqui em casa. Começo a acariciá-los e eles logo viram, ficando de barriga para cima. E se apegam assim, também, à Edilene. Um dos casais que vieram passar o fim de ano aqui em Mucuri tem uma cadelinha, de dois aninhos, da raça Shih Tzu, cujo nome é Mag. Gente, gente, que coisa linda, fofinha. Ontem, eu estava super relaxado em minha rede, quando, de repente, senti um pelo tocar o meu braço. Fui logo pensando: será que esse pelo é da Mag? Será que ela está aqui? Quando olhei para baixo, lá estava a lindinha deitadinha debaixo da rede. Fui logo tirando-a. Menina, menina, você não tem juízo não? Já pensou se a rede arrebenta agora, meu amor? Eu cairia em cima de ti. Nem quero pensar nisso. Jamais quero machucá-la de forma alguma.
Hoje, ainda me espreguiçava na cama, quando resolvi olhar para o chão. Quem estava lá quietinha? A doce Mag. Comecei a brincar com ela, e ela logo pulou na cama, onde ficou quietinha perto do meu peito. Eu disse a ela: Mag, Mag, não me comprometa. Se minha mulher encontrar você aqui, vai brigar comigo, rs. E não é que a Edilene pegou ela na cama comigo. Ainda bem que minha esposa tem um coração perdoador, rs. Ela estava procurando a Mag, pois seus donos sentiram a sua falta. Que coisa fofa, essa cadelinha!
Como sempre gosto de escrever, não poderia deixar passar despercebida a virada do ano. Quero desejar a todos vocês que têm me acompanhado, direta ou indiretamente, um 2025 cheio de muita paz, saúde, amor e muita prosperidade. Que os sonhos que vocês têm ambicionado sejam realizados.