Parabéns Mano!

Caríssimos leitores, desejo a todos vocês e às suas famílias um feliz Natal, abençoadíssimo e que seja regado com muita paz e saúde. Meus queridos, quero deixar bem claro que respeito a opinião de cada um de vocês. Respeitar as diferentes formas de opiniões faz parte do nosso amadurecimento como seres humanos. Saber respeitar e conviver com a pluralidade de pensamentos é porque certamente estamos trilhando o caminho que nos leva até a sabedoria. Não se sintam constrangidos, tenham liberdade para expressarem as suas opiniões.

Para que a nossa relação se tornasse mais vívida, tomei a liberdade de interagir com vocês respondendo aos seus comentários. Aproveitem porque no meu caso isto é possível devido aos poucos comentários que são tecidos sobre os meus textos. Esta situação só me faz, mais ainda, ser grato com aqueles que já comentam os meus textos.

Agora, se fosse no caso da minha amiga recantista Irlene Chagas, creio que isso seria quase impossível. Ao ler a sua poesia “Luto por mãe”, a qual é muito emocionante, percebi que o meu comentário era, apenas, o centésimo sexagésimo nono. Que Deus a abençoe com estes belíssimos e disputados textos. Me perdoe, por questão de momento, fiquei enciumado de ti.

Quero aproveitar esse momento e agradecê-la pelo comentário tecido na minha crônica: Memórias Natalinas. Que fique bem claro, diante dessa multidão de comentários, quem extrapola em talento aqui: é você, minha amiga, e não eu. Saiba que me sinto honradíssimo com a sua presença em meu cantinho.

Hoje fui almoçar fora, tem pouco tempo que cheguei da casa da minha mãe. Infelizmente, o dia de Natal, de cinco anos para cá, traz péssimas recordações. Foi nesse dia, no ano de 1961, que nasceu o meu irmão primogênito. Se ele estivesse vivo, hoje completaria 63 anos. Já que lembrei do meu irmão e por um certo momento a melancolia invadiu o meu ser, compartilharei uma mensagem de fé e esperança, no caso de que, assim como eu, haja outras pessoas que nessa data tenham sofrido algum dissabor.

Hoje cedo, a minha devocional foi realizada no livro de Salmos. Um dos salmos que me chamou muito a atenção foi o 126. Ele é dividido em duas partes, sendo a primeira dos versos de 1 ao 3: “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles. Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós: por isso, estamos alegres.”

Meus queridos, se vocês analisarem direito, o seu endereço faz parte da sua identidade civil. Sempre quando vocês vão realizar alguma coisa, sempre o seu endereço está sendo solicitado. Se você vai fazer compras, eles pedem o seu endereço. Se vai prestar um exame, deixar algum currículo, trabalhar em alguma empresa, e assim por diante, eles pedem o seu endereço. Com isso quero lhes provar que o seu endereço, a cidade onde mora, o seu estado e a nação fazem parte da sua identidade.

Antigamente, quando um rei dominava uma nação, se o rei não se preocupasse muito com aquela nação, apenas retirava todo o espólio encontrado na época da batalha e impunha uma certa tributação para aquela nação. Agora, quando o rei vencedor, mesmo vencendo, temia a nação subjugada, a intenção do rei seria varrer a nação subjugada do mapa. Como eles faziam isso? Retiravam as pessoas daquela nação e mandavam para várias outras nações. Fazendo isso, enfraqueciam a nação e algumas delas acabavam sumindo do mapa.

Foi isso que o império assírio fez com Israel no ano de 722 a.C.: destruiu totalmente a cidade de Samaria, capital do Reino do Norte, e deportou seus habitantes para a Assíria. Já no ano de 586 a.C., quem seria destruída pelos babilônios seria Jerusalém, capital do Reino do Sul, e os seus moradores foram deportados para a Babilônia. Foi nessa época que o templo foi destruído.

Algo que fiquei sabendo, que me maravilhou, foi que as dez tribos do norte que representavam Israel foram quase todas perdidas, pouquíssimos conseguiram retornar. Quando falamos de retorno, estamos referindo ao Reino do Sul, que era Judá.

Deus moveu o coração de Ciro para fazer o decreto sancionando o retorno dos judeus e a reconstrução de Jerusalém e do templo no ano 538 a.C. Segundo o livro de Neemias, retornaram para Judá cerca de 42.360 pessoas. Olha como são as coisas. Deus moveu céu e terra para que a descendência do leão de Judá não fosse afetada.

Na Babilônia, eles foram tratados como moradores, tinham suas casas, tinham suas propriedades; no entanto, não era a sua nação, eles ficavam deslocados, sem uma identidade.

Agora imagine a felicidade que aqueles israelitas tiveram ao saber que retornariam para Jerusalém. Que novamente iriam poder cultuar no templo do Deus Todo-Poderoso. Com certeza, a notícia era tão boa, tão boa, que eles ficaram abestalhados. Com certeza, deviam pedir a quem estava do lado para beliscá-los; todavia, aquilo não era um sonho, era realidade. Sendo assim, esses três primeiros versos foram de alegria, felicidade e gratidão por tudo que estava acontecendo.

Agora, nos versos de 4 a 6: “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe. Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.”

Agora, na segunda parte, a oração é voltada para restauração, para a prosperidade, para o Senhor auxiliar os restabelecerem na sua cidade natal.

A citação das torrentes do Neguebe faz alusão a uma área extremamente seca. Entretanto, na estação das chuvas, se torna tão fértil ao ponto de correr por ali um rio imensamente caudaloso. Além das chuvas, acrescenta-se a isto o derretimento do gelo que se forma em volta do Monte Hermon no inverno. Essa é a montanha mais alta de Israel, com mais de 2.800 metros de altura. Outro fato que também colabora é que o rio Jordão nasce no Monte Hermon. Esse fato é um verdadeiro milagre, pois numa área plenamente desértica, acaba se tornando um verdadeiro paraíso.

Ao mencionar o Neguebe, eles estão afirmando para Deus que tinham fé e esperança suficientes para crer que o Senhor iria estabelecê-los em Jerusalém e que seriam imensamente prósperos. Com isto, quero vos dizer que, por maior que seja o seu problema, continue confiando e tendo esperança, que na hora de Deus, o milagre será realizado na sua vida.