O brilho em seus olhos!

Ontem não vi a dona Nilda. Fiquei entretido à tarde com a consulta ao psiquiatra. À noite, aproveitei a conversa descontraída dos inquilinos e, então, juntei-me a eles. Como não sou um escritor profissional, um dos meios que uso para divulgar meus escritos é brindando meus inquilinos com os livros que tenho no momento; porém, esse "brinde" é apenas para os que apreciam a leitura. Desde o sábado, quando eles chegaram, observei que a dona Marta, madrasta da Ana, era uma bibliófila.

Caso alguém não saiba, o termo "bibliófilo" refere-se àquela pessoa que, além de fascinada pela leitura, é amante do livro físico. Eu, particularmente, sou fascinado pela leitura e amo folhear as páginas do livro, sentir seu cheiro, tendo até mesmo um certo ciúme dos meus livros.

No início, quando comecei a adquirir meus livros, eu os emprestava, mas observei que a maioria das pessoas não tomava o devido cuidado com eles. Emprestava-os novos e eles me devolviam sujos, amassados e com dobras nas páginas. Sinceramente, não sei se posso considerar esse tipo de pessoa como bibliófilo.

Talvez seja por esse motivo que não vendo os livros digitais que tenho na Amazon. Apesar de ser um amante do livro físico, abri uma exceção para os livros digitais, devido ao baixo custo. Mesmo assim, ocasionalmente, compro alguns livros físicos.

Voltando à dona Marta, quando me intrometi na conversa deles, foi para presenteá-la com dois livros: um de minha autoria, de poesia, e uma antologia, também de poesias. A mulher ficou muito feliz, dizendo que me devolveria no dia seguinte. Falei a ela que não estava emprestando, mas sim presenteando. Era notória em seu rosto a expressão de alegria e o brilho em seus olhos. Perguntei-lhe se podia autografá-los, e ela disse que sim, pedindo-me que fizesse isso ali mesmo.

A reação dela me contagiou tanto que me despedi deles e vim para minha alcova, onde aproveitei a inspiração e comecei a redigir a crônica "Me encheu de orgulho". A inspiração foi tanta que, quando percebi, já era 1h50.

Ainda sobre o dia de ontem, um fato surpreendente chamou minha atenção. Estava assistindo a uma entrevista no podcast Plenitude, cujo entrevistado era o doutor e pastor Marcos Eberlin. O tema da entrevista era como comprovar cientificamente o dia em que Deus parou o sol e a lua. Para que vocês possam entender o motivo, detalharei ao máximo os mínimos detalhes…

Tudo isso começou por volta do ano 2.000 a.C., quando o Senhor disse a Abrão: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e engrandecerei o teu nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra." No exato momento em que isso acontecia, nascia a igreja, a noiva de Cristo.

Obedecendo ao mandado do Senhor, Abrão partiu com sua esposa, Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que havia adquirido, juntamente com todos os seus servos de Harã, cujo destino era a terra de Canaã. Abraão gerou a Isaque, que gerou a Jacó, que gerou os seus filhos, dando origem à nação de Israel. Abraão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã.

Os filhos de Jacó venderam José para os ismaelitas, que o venderam para o Egito. José tornaria o governador de todo o Egito, ficando abaixo em autoridade apenas do Faraó. José foi o instrumento de Deus para levar toda a família de Jacó para o Egito. Foram bem tratados no Egito, enquanto José e o Faraó viveram. Com a morte de ambos, a nação de Israel foi escravizada pelo Egito por longos 430 anos.

Cansada da escravidão, a nação clamava por libertação, e Deus ouviu o seu clamor, enviando Moisés para libertá-los. Moisés viveu quarenta anos no Egito até fugir para o deserto por assassinar um egípcio. No deserto, viveu mais quarenta anos até Deus chamá-lo através da sarça ardente; finalmente, no deserto, Moisés viveu mais quarenta anos até o dia de sua morte. Seu sucessor, responsável por introduzir a nação de Israel na terra prometida por Deus a Abraão, seria Josué.

Para que a nação de Israel se apossasse da terra prometida por Deus, eles teriam que expulsar todos os moradores de Canaã, inclusive os gibeonitas.

Gibeom era uma grande cidade, e seus homens eram valentes. Porém, ao saber que Josué e seus soldados haviam aniquilado as cidades de Ai e Jericó, eles temeram. Cientes de que a ordem do Senhor era destruir todos os moradores de Canaã, os gibeonitas arquitetaram um plano para salvar sua cidade e seu povo.

A estratégia foi tão bem-elaborada que conseguiram enganar Josué e os líderes de Israel. Disfarçando-se de embaixadores, eles levaram sacos velhos sobre seus jumentos, odres de vinho rotos, sandálias remendadas, roupas surradas e pães secos e bolorentos. Certificando-se de que nada em sua aparência denunciaria sua real origem, eles foram ao encontro de Josué no acampamento em Gilgal e disseram:

"Chegamos de uma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco."

Os homens de Israel questionaram: "Se vocês moram aqui pela redondeza, como faríamos aliança convosco?"

Os gibeonitas responderam: "Somos teus servos."

Josué perguntou novamente: "De onde vieram? Quem sois vós?"

Eles responderam: "Teus servos vieram de uma terra muito distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus; porquanto ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito; e tudo quanto fez aos dois reis dos amorreus que estavam dalém do Jordão." E apresentaram seus pães secos e odres rotos como evidência.

O plano foi muito bem tramado, e Josué concordou com sua história, sem consultar o Senhor para verificar a veracidade do que diziam. Assim, Israel fez aliança com eles, comprometendo-se a preservar-lhes a vida. Apenas três dias depois, souberam que os gibeonitas eram, na verdade, moradores de Canaã. Como punição pela mentira, Josué os condenou a serem rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e o altar do Senhor.

Tendo Adoni-Zedeque conhecimento de que os gibeonitas fizeram aliança com a nação judaica e sabedor de que eles tinham destruídos as cidades de Ai e Jericó. Irou-se e enviou mensageiros comunicando o fato para horão; rei de Hebrom, e a Pirão; rei de Jarmute, e a Jafia; rei de Laquis, e a Debir; rei de Eglom. Então se ajuntaram os cinco reis e se acamparam junto a Gibeom e pelejaram contra ela. Foi no desenrolar dessa batalha que o sobrenatural de Deus aconteceria.

Os gibeonitas, tendo ciência que aquela multidão queria dar cabo deles, mandaram mensageiros, imediatamente, a Josué pedindo socorro, que eles fossem socorrê-los. Subiu Josué de Gilgal com todo o seu exército para a batalha em Gibeom. Então, disse o Senhor a ele: "Não os temas, porque nas tuas mãos os entreguei, nenhum deles te poderá resistir."

Imediatamente, ao ouvir Deus falando com ele, Josué prontificou e ele e todo o seu exército e por toda a noite marcharam até Gibeom. Essa rapidez ao atender o pedido dos gibeonitas demonstrava seu comprometimento para com eles e a sua confiança em Deus.

Despreparados, e não esperando que Josué e seu exército acataria ao pedido dos gibeonitas tão rápido. Os cinco reis foram pegos de surpresa e Israel realizou uma grande matança e os foi perseguindo pelo caminho que sobe a Bete-Horom, e os derrotou até Azeca e Maquedá. Além da perseguição do exército israelense, Deus resolvera, também, entrar na batalha e fez cair do céu grandes pedras. Essa artimanha divina matara mais inimigos, do que os que foram mortos pelo exército israelense até aquele momento.

Apesar dos israelitas estarem vencendo, a tarde se iniciara, e Josué ficou preocupado por que não havendo mais a luz do dia, os inimigos poderiam se recompor ou até mesmo fugiriam. Caso isso acontecesse, aquela peleja ficaria inacabada, foi então que Josué fez aquela oração audaciosa para o Senhor. Essa passagem fica no livro de Josué, no capítulo 10, nos versos de 12 a 14: "Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos Israelitas: Sol detém-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. Não ouve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, tendo o Senhor, assim, atendido a voz dum homem; porque o Senhor pelejava por israel."

Voltando ao podcast, um dos apresentadores perguntou ao doutor Marcos: "De acordo com a Bíblia, é possível comprovar cientificamente as passagens nos livros de Josué e Isaías, onde Deus parou o sol?"

O doutor respondeu que, cientificamente, seria impossível isso acontecer literalmente, pois o que Deus fez foi parar todo o universo, já que nele reside todo o poder. Então, o doutor continuou discorrendo sobre esse fato acontecido no livro de Josué, afirmando que, havendo necessidade por causa de um servo, Deus pararia até o universo, porque é o Deus do impossível.

Foi nesse momento que os três — os dois apresentadores e o doutor Marcos — me surpreenderam, ao serem quebrantados pelo Espírito Santo e começaram a chorar.

Na última crônica, o assunto foi direcionado para a oração. Deus agradou tanto do pedido de Sabedoria feito por Salomão, que lhe concedeu não apenas sabedoria, mas também conhecimento, fama e riqueza. Agora, novamente, o mesmo direcionamento é dado.

Será que Deus pretende fazer algo sobrenatural em minha vida? E você, caro leitor, já parou para pensar nisso? Que, se for preciso, Deus parará até o universo para atender à sua oração.

Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 18/12/2024
Código do texto: T8221946
Classificação de conteúdo: seguro