Vivendo e aprendendo!
Acabamos de chegar de Teixeira de Freitas. O tempo vai passando e eu vou me preocupando com a minha cirurgia. Depois desse dilema todo, é a primeira vez que fui como motorista até lá. A viagem foi tranquila, não tinha o trânsito intenso das outras vezes. Com a nova estrada que fizeram ligando Nova Viçosa até a BR 418, ficou bem melhor viajar até Teixeira de Freitas. Graças ao nosso bom Deus, foi tudo tranquilo. Até mesmo no hospital, tinha pouco movimento e conseguimos rapidinho marcar uma consulta com o cirurgião.
Eu queria mesmo era deixar tudo por conta do Senhor; todavia, me encabulei com uma vozinha que vinha no meu ouvido, dizendo: Quem não é visto, não é lembrado. Por precaução, sabe lá se é um alerta do Senhor. Não custa nada dar um pulinho até lá.
Quero aproveitar a oportunidade e agradecer ao leitor José Pedreira da Cruz, que gentilmente, não apenas leu, mas deixou um comentário na crônica "Cotidiano vai e vem". São detalhes como este que sempre me incentivam a escrever algo. Com relação à riqueza de assuntos tratados, citados pelo mesmo, como não sou um escritor profissional que se mantém ocupado com a tendência do mercado e da editora, preciso estar atento aos mínimos detalhes, assim como um garimpeiro: caso ele distraia, perderá o metal precioso. Atenção, para mim, é sinônimo de bem-estar e satisfação. Em relação à querida São José, lugar onde mora seu filho, sua nora e seu neto, tive a grata oportunidade de morar lá de 2004 até 2012. Vivenciei momentos singulares e maravilhosos neste local. Eles estão morando num belíssimo lugar; que Deus os abençoe.
Agora, nesse precioso instante, tive a oportunidade de provar a primeira manga que amadureceu no meu quintal. Ela está incrivelmente saborosa, todavia, tem uma peculiaridade: mesmo madura, ela é dura. As outras, à medida que vão amadurecendo, amaciam.
Ontem, na parte da manhã, quando escrevia a crônica citada acima pelo ilustríssimo leitor, eu já me encontrava constipado. É necessário que uma pausa seja dada agora para compartilhar uma pérola com vocês.
Meus queridos, é vivendo que a gente aprende. Não é à toa que o povo fala que a vida é a melhor escola, e falam com toda razão. Gente, gente, ocasionalmente, eu ouvia e lia as pessoas perguntarem por que estou constipado. Eu ficava incomodado com isso, meus queridos. Eu no meu âmago pensava assim: esse povo vive falando que estou constipado, contudo, eu ficava relutando, eu não estou gripado. Porque, no meu entendimento, constipação tinha algo a ver com resfriado e gripe.
Meu Deus, meu Deus, ah, se o Fernandinho estivesse aqui, ele, com toda certeza, me chamaria de Ofélia. Jesus, tenha misericórdia dessa pobre alma por ser tão ignorante. Somente agora, nesse momento, quando eu queria comentar sobre o meu ressecamento, pedi ao pai dos burros o sinônimo de ressecamento. Ele, tão prontamente, me respondeu: constipação (quando se refere à dificuldade de evacuar). Jesus, Jesus, somente hoje, dia 28/11/2024, que soube que constipação se refere à dificuldade de evacuar.
Creio que seja por momentos como este que as pessoas se encantam com a minha transparência. Tenho certeza que, se fosse outro diletante no meu lugar, omitiria esse fato. As pessoas querem apenas passar aquilo que enobrecerá a sua pessoa. Entretanto, como poderia omitir esse caso, se é verdade e aconteceu comigo. Nesse caso, meu lema seria: verdade acima de tudo.
Voltando a tão surpreendente constipação. Me perdoem, meus queridos, esse assunto para muitos deva ser desagradável; no entanto, faz parte da vida. E, para mim, é uma novidade; nunca tive esse problema. Apenas agora, depois que estou tomando remédio para o coração, tem acontecido esse fato. Que dissabor. Devo ter sentado no troninho, na expectativa da bendita evacuação, umas cinquenta vezes. Não desejo isso nem para o meu pior inimigo. A impressão é que tem um porrete atravessado no seu ventre.
Que situação vexatória. Tomei vinte gotas de picossulfato de sódio e nada. Tomei dois iogurtes e nada. O negócio estava bravo; nem os iogurtes resolveram. Chupei duas mangas e nada; elas serviram apenas para os fiapos que alojavam nos dentes, me atormentarem mais ainda. O negócio estava tão ruim que acredito que naquela hora nem uma oração de descarrego, tão poderosa, de um pastor das igrejas neopentecostais não resolveria o meu sofrimento.
O que as pessoas mais querem na vida é sombra e água fresca. Já no meu caso, eu daria tudo o que tenho, simplesmente, por uma bela evacuação, rs. Olhei para a parede e observei que o relógio marcava 20 horas. Eu estava até pensando em correr ao supermercado para comprar a ameixa que faltava na fórmula infalível que uma amiga leitora havia me passado. Porque mamão, leite e mel eu já tinha. De repente, deu mais uma vontade de ir até o troninho. Naquele momento, diante de tantas tentativas, eu já estava até desesperançado que surtiria algum efeito. Entretanto, fui assim mesmo. Naquele momento, aprouve ao meu Deus ter misericórdia de mim. Depois de muita forçação do ventre: Glória a Deus, Aleluia, evacuei, que bênção, que alívio, quanto êxtase! Graças ao meu Deus querido, depois da grande tempestade, finalmente, chegou a bonança. Quanto alívio!!!!