Cotidiano vai e vem!
Enquanto as árvores frutíferas lá de casa resolveram abdicar de frutificarem, aqui na casa da minha mãe tem um pé de goiaba que dá gosto ver como ele gosta de produzir. Aparentemente, a goiabeira nem é tão grande, contudo, como ela gosta de frutificar. Deve exercer a sua função com o maior prazer. Bem-aventuradas sejam todas as árvores que dão frutos. Gosto de goiaba; no entanto, preciso ficar esperto porque suas sementes afetam os rins.
Por outro lado, é ruim ver aquelas que são estéreis. Plantei dois pés de coco aqui no quintal, têm nove anos, infelizmente, nunca produziram um coco sequer. Isto é tão desagradável. Não foi à toa que Jesus ordenou que cortassem todas as árvores que insistem em não dar frutos. Olhar para uma árvore infrutífera, a vontade que temos é de passar o facão e lançá-la ao fogo. Por isso, vamos produzir, minha gente.
Todo dia, ao despertarem, os cachorros ficam aguardando na porta para que eu vá acariciá-los antes de sairmos. Assim como nós, cada um tem o temperamento diferente do outro. O Muçum é o mais ciumento. Se cismar que está sendo menos acariciado que os outros, vai logo para o cantinho com aquele olhar de "coitadinho de mim". A Mel é a mais carinhosa e a mais compreensiva. Apesar de sempre querer mais carinhos, contenta-se com aquilo que recebe. A Dida é a mais carente, é só começar a acariciar um deles, que ela vem logo correndo como se dissesse: "E eu? Também não terei carinhos?".
Ao retornarmos para a nossa casa, vejo o meu vizinho lavando um carro. Com certeza, ele deve ter trocado de carro, caso contrário, ele não faria isso com tanta satisfação se não fosse seu. Por via das dúvidas, resolvi perguntá-lo: "Você trocou de carro?". Balançando a cabeça, ele confirmou que sim. Ele tinha um Siena 1.8, 2014, na cor branca. A bola da vez agora era um Honda Civic grafite 2017. Carro além de belo, era muito conservado. Dei a ele os parabéns pela ótima aquisição e prossegui para a minha casa.
Em relação ainda ao vizinho, quero frisar mais um detalhe. Tem certos vizinhos que ao perceberem que outros conseguiram algo na vida não se sentem bem. Isso acontece devido a um bichinho, cujo nome é inveja. Alguns entristecem de tal forma que chegam até adoecer. É insuportável ver que o vizinho está prosperando e ele não. A inveja é como um câncer e vai matando em doses homeopáticas. É por isso que, ocasionalmente, alguém só de olhar para uma planta sua, ela desfalece.
Graças a Deus, devido a esse mal, jamais irei para o inferno. Eu me sinto bem quando vejo que a vizinhança está prosperando. Mesmo antes dela ser abençoada, já estou orando por seu bem-estar. Querendo ou não, se tudo estiver bem com o meu vizinho, estará comigo. Sem falar naqueles que não se acham invejosos; todavia, se alguém compra um carro, quer logo comprar um melhor para competir com ele. Não adianta nada eu batalhar para comprar um carro, e depois não ter condições para mantê-lo.
Quando morei em São José, Santa Catarina, eu me deparava com algumas situações que eu achava um verdadeiro paradoxo. Imagino que hoje uma Hilux zerada custe em torno de R$ 250.000,00. Era muito comum deparar-se com um barracão simplório, de madeira; contudo, com uma cabine dupla lustrando de tão nova no quintal. Sendo que a mesma carecia de uma garagem para abrigá-la.
Hoje fiquei todo feliz quando um entregador veio entregar o tão comentado gavião para afugentar os pombos; contudo, a minha felicidade durou pouco. Ao abrir a embalagem, constatei que o gavião estava quebrado. Agora só Deus sabe quando ele voltará novamente.
Falando nos ordinários, a minha luta continua, rs. Jogar o óleo queimado na laje não resolve o problema porque o cimento absorve o óleo. Hoje coloquei uma pedra comprida de granito e joguei o óleo em cima. Assim, não tem como o óleo secar. Além disso, enchi de óleo um vasilhame e deixei lá em cima.
Hoje, também, estou guerreando com a evacuação. Já tomei um iogurte e vinte gotas de picossulfato de sódio, sigo atento na minha alcova aguardando o desfecho dessa batalha tão sangrenta, rs. Como vocês podem observar, batalhas é o que não me falta, rs.
Em suma, minhas lutas cotidianas, tanto com as árvores quanto com os cães e até mesmo com os vizinhos e os pombos, fazem parte do que me motiva a seguir em frente. Essas batalhas, por mais simples ou complexas que sejam, refletem o ritmo e a resiliência da vida. Aprendi que cada desafio é uma oportunidade de crescimento e que a gratidão pelas pequenas conquistas é essencial para manter a esperança e a alegria de viver. Que possamos todos encontrar prazer em nossas produções e sermos agradecidos pelas bênçãos que recebemos.