Guerra declarada!
Se os pombos querem guerra, eles terão. Tirei os dois filhotes de cima do porão. Tapei todos os buracos que davam acesso ao forro. Quando os vejo na quitinete, jogo-lhes algo. Se com tudo isso, eles não se tocaram que não são bem-vindos, é porque querem guerra. Se é isso que querem, não arredarei o pé. Eles terão guerra.
Ao despertar-me, observei haver três na quitinete. Ao me avistarem, voaram imediatamente. Peguei uma escada para observar a laje do banheiro. Aqueles danadinhos acharam que me enganariam. Colocaram um ovo lá em cima; logo dei cabo dele. Se eles querem guerra, terão. Não sossegarei enquanto ver um pombo lá em cima.
Ontem vi um vídeo onde o rapaz ensinava como matar ratos, baratas e formigas. Ele amassou duas bolachas, colocou uma colher de açúcar e uma colher de fermento. A explicação dele tem lógica. Ele disse que, na hora que o inseto comer essa isca, o fermento reagirá no seu estômago, matando-o. Será que isso funciona mesmo? Pelo menos achei coerência na sua explicação. Será que mataria os pombos também? Não custa nada tentar. Farei um pouco dessa isca e colocarei na laje do banheiro. Quem sabe isso funcione da mesma forma nos pombos. O seguro morreu de velho, rs. Não custa nada tentar.
E não pararei por aí. Pedi à minha dona para comprar um gavião de gesso que ela viu na internet. Dizem que serve de espantalho, os pombos ficam atemorizados. Entretanto, vi um comentário nada animador. Na página que estava vendendo o gavião, havia o seguinte comentário: "Isso não funciona. Comprei uma águia e coloquei em cima do telhado. No outro dia, estavam lá os pombos na maior amizade com a águia, rs." Comprei de teimoso. Afinal de contas, numa guerra valem todas as estratégias para exterminar o inimigo. Além disso, comprarei naftalina e a espalharei em cima da laje do banheiro. Se é guerra que eles querem, encontraram um soldado que não foge da luta.
As estratégias são muitas e o objetivo é um só: afastar os pombos de vez. Com as iscas, o gavião de gesso e a naftalina, estou determinado a vencer essa batalha. Pode até parecer exagero, mas numa guerra contra esses intrusos, não existem medidas extremas. A paz só será alcançada quando não houver mais um único pombo na minha quitinete.