No mundo de Nárnia!

Hoje é mais um daqueles dias em que, com toda certeza, um iogurtezinho poderia resolver o meu problema. Na falta do abençoado, "quem não tem cão, caça com gato." Quem sabe uma manga faça o mesmo efeito. Lembrei da crônica do meu amigo Big Ben, chupei uma manga; contudo, o maldito fiapo da fruta não saía do meu dente. Esse é o inconveniente de quem resolve chupá-la.

O casal de pombos, novamente, na quitinete de cima. Oh bicho excomungado! Já tapei todos os buracos que dariam acesso ao forro, até as pequenas gretas tapei com argamassa; no entanto, eles insistem em ficar na quitinete. Começo a pensar que esses pássaros são mais ordinários do que os cachorros. Se tem uma porta aberta, eles vão entrando na maior cara lavada; todavia, ao gritarmos com eles, saem em disparada. Já com o ordinário do pombo, isto não resolve, eles vão e voltam. São tão caras de pau, que ao me verem eles caem no capinado, nem precisa mais jogar pedra. Entretanto, é só eu virar as costas e voltam novamente.

Hoje vi uns vídeos sobre a metrificação dos versos devido aos haikais que errei na segunda. O negócio é praticar mais, porque a teoria já sei. Primeiro, separam-se as sílabas normalmente; depois, o próximo passo é definir qual a sílaba tônica da última palavra e, por último, fazer as elisões caso seja necessário. A estrutura do haikai guilhermino é 5/7/5. Outra forma boa de aprender a separar sílabas poéticas é através da obra de Camões, “Os Lusíadas”, que, em toda a sua plenitude, é composta por versos decassílabos.

Hoje, na parte da tarde, tirei uma pestana. Ela foi tão boa que deu até para sonhar. Um sonho meio maluco, achei que estava no mundo de Nárnia, rs. Eu estava numa planície muito grande. À minha direita, havia uma extensa plantação, assemelhando um canavial, que sumia no horizonte. À minha esquerda, uma fileira enorme de lindas árvores, similares ao ipê com flores lilás, que também desaparecia no horizonte. Ao lado desse extenso arvoredo, a planície se revezava ora num belo tapete verde forrado com gramas, ora em pequenas matas fechadas. O sol partia para o ocaso e, entre as nuvens magentas, os raios solares despontavam. Aquela planície parecia interminável; a qualquer momento, a noite me visitaria. Encostei-me numa árvore, acabei pegando no sono. Acordei no regaço de uma estonteante mulher. Quando comecei a questionar onde estava a árvore, a mulher me falou que ela conseguia transformar-se em qualquer objeto da natureza. Ainda assustado, acordei e o sonho acabou, rs. Eu podia ter sonhado mais um pouco, pelo menos para saber em que daria aquela fantasia, rs.

Bem que eu imaginava que na crônica que escrevi sobre a minha casa faltava algo para ser narrado. Ontem lembrei desse fato que ficou de fora. A parede de um dos quartos tinha umas três trincas. Como sou perfeccionista, todas às vezes que eu olhava para a parede, me incomodava com elas. Depois que passei a ver a minha casa com bons olhos, me perguntava se havia algo que eu pudesse fazer para melhorar a aparência da parede.

Num belo dia, a ideia surgiu: farei uma textura na parede. Nunca fiz uma; entretanto, com tanta informação que temos atualmente, decidi eu mesmo fazê-la. Vi uns três vídeos orientando como fazê-la e parti para a obra. Como eu queria algo mais resistente, fiz a minha textura com a própria argamassa. Comprei um rolo adequado para rolar a argamassa. Após algumas horas, eu me deparava diante da minha obra-prima. As trincas sumiram, e ficou uma bela parede texturizada branca. Sabe, meus queridos, algumas atividades que fazemos nos deixam profundamente orgulhosos. Fiquei tão satisfeito com isso. Toda vez que vou ao quarto e olho para a parede, me pergunto: fui eu mesmo quem fez, rs?

Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 14/11/2024
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