Olha o dragão, aí gente!
Nos últimos dias, não sei devido a qual motivo, desperto juntamente com um dragão. Ele é enorme, tem duras escamas e asas grandíssimas e poderosas. Suas garras são afiadíssimas e seus dentes pontiagudos. Se tudo isso não bastasse, suas narinas jorram grandes labaredas de fogo.
Em algumas culturas, como a oriental, eles denominam esse estranho ser como bonzinho, um verdadeiro herói, promotor da paz. Uns comentam que eles guardam verdadeiros tesouros contendo ouro, pratas, joias e pedras preciosas. Será que ele quer me conduzir a algum tesouro? Entretanto, quero deixar bem claro que não compartilho desses pensamentos. Quando penso em dragão, penso somente em coisas ruins.
Ao acordar, começo a guerreá-lo. Revisto da armadura de Deus, calço meus pés com a preparação do evangelho da paz. Tomo posse da espada que é a Santíssima Palavra e não posso esquecer do meu escudo da fé, com o qual me protegerei de toda fornalha. Sei que travo uma grande batalha com ele; no entanto, a partir das dez horas, a paz vai inundando o meu ser e aquele monstro bizarro foge em disparada. Desse instante em diante, estou livre para enfrentar as adversidades que o dia nos impõe.
Foi ontem que o Zé veio terminar o serviço do telhado. Chegou por volta das 17 horas. Enquanto ele fazia o serviço, marquei presença, caso ele precisasse de algum auxílio. Ele zarpou por volta das 20h50. Até então, não havia tomado banho, a saudade inundava o meu ser de amor pela Feiosinha. A caixa estava vazia, liguei a bomba e fui me encontrar com ela, rs. Após setenta minutos, eu estava com o meu banho tomado e as duas caixas, da casa e da ducha, estavam cheias.
Surpreendi-me quando minha esposa falou que não tinha água na Feiosinha. Realmente, a caixa estava vazia. Pensei: como está vazia se ontem à noite eu a enchi? Diante desse mistério, começamos a nossa averiguação. Foi então que descobri que a torneira que fica conectada na ducha estava aberta. Como ontem não dei fé que a torneira estava aberta, durante a noite, a caixa esvaziou por completo. Desperdiçar mil litros de água sem fazer nada deve doer um pouco no bolso, com as águas caras dessas companhias. Ainda bem que tenho um poço; graças a Deus, nunca me faltou água, a não ser nesses pequenos acidentes.
Segunda-feira, como me faltava um pouco a inspiração, tive o dissabor de pegar meus haikais e apresentá-los para a IA. Tive a curiosidade de contar as sílabas poéticas para ver se elas obedeciam à estrutura 5/7/5. Por que fiz isso? A metade deles não atendia à estrutura. Mesmo classificando meus poemas como haikais gerais, fiquei numa tristeza só. Porque a minha intenção era que todos eles se encaixassem na estrutura 5/7/5.
Para dizer que não fiz nada na segunda. Uma vez, que errei na contagem das sílabas poéticas, solicitei o auxílio da IA. Fiz três haikais, crendo que obedeciam à estrutura 5/7/5. Para a minha grandiosíssima surpresa, vejo um comentário da amiga recantista HLuna no haikai cujo título é: “Doce tarde”. Ela disse para verificar o haikai quanto à sua classificação, pois eu tinha me equivocado. Pensei: se ela disse que me equivoquei, o problema deve ser na contagem das sílabas poéticas. Desta vez, fiz nova leitura das sílabas poéticas e constatei que ela estava certa. Mesmo tendo feito os haikais com o auxílio da IA, errei novamente. Deixarei os haikais de lado, está dando muito problema. Infelizmente, nem na Inteligência Artificial podemos confiar piamente, rs.