O vazio da humanidade
No âmago de cada ser humano
Eternamente existirá um vazio
Que insistentemente clamará
Pela presença do Criador
Lá no Jardim do Éden, quando Deus criou o homem, Ele disse à Santíssima Trindade: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra."
Como podemos ver, o primeiro homem, além de ter semelhança com Deus, era muitíssimo poderoso, pois tinha domínio sobre tudo na face da terra. Também era um ser muitíssimo inteligente, pois dera nome a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos. Será que algum de nós teria a habilidade e o conhecimento necessários para nomear e classificar tudo o que existe na face da terra?
Também não se fadigaria de tanto trabalhar, uma vez que tudo seria divinamente plantado e regado por Deus. Do solo, fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento, juntamente com elas, criou Deus a árvore-da-vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. E para tornar verdadeiramente tudo aquilo um paraíso, criou o ser mais fascinante da terra: a mulher.
Como podemos ver, Deus criara tudo perfeito, simplesmente, para o homem desfrutar de uma comunhão íntima com o Criador, que, diariamente, na viração do dia, dava as suas voltas no paraíso.
O homem tinha tudo isso à sua disposição, infelizmente, uma única ordem deixou o Senhor para Adão: "De todas as árvores do jardim delas comerás livremente, no entanto, da árvore do conhecimento do bem e do mal dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás."
Deus concedera tudo para o homem, ele poderia desfrutar de tudo, desde que não infligisse a única ordem dada pelo Senhor. Teria poder sobre a terra, domínio, conhecimento, infelizmente, tudo isso fora pouco para o homem. Entretanto, mesmo assim, estava pouco para Adão e, através da sua cobiça, desobedecendo a Deus, comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal Devido à sua desobediência, o pecado entrou na face da terra.
Expulso do jardim, agora, penosamente, Adão teria que ralar para obter o alimento de cada dia. A terra abençoada foi amaldiçoada e, com isso, surgiram as ervas daninhas. Sua relação com Deus foi rompida, gerando um abismo entre o homem e Deus. E por causa desse abismo, um vácuo seria formado, ocasionando toda inquietação na humanidade. A partir de então, esse vazio clamaria por Deus em toda a sociedade humana. Caso tenham interesse, esses fatos estão registrados nos três primeiros capítulos de Gênesis, onde tudo começou.
Ultimamente, o que mais ouço é sobre esse hiato existente no âmago de cada indivíduo. Inicialmente, incomodado com isso, fiz o pensamento que antecede o texto. Recentemente, o pregador citou isso lá na igreja, e ontem assisti a um filme que falava, novamente, sobre esse fato. Por sinal, um filme cristão muito emocionante: "A fé que nos une".
Dois soldados que lutavam no Vietnã e fizeram amizade. Entretanto, um era cristão e o outro ateu. Tiveram um final trágico, onde os dois foram fuzilados pelos inimigos. No futuro, o filho de um deles, querendo descobrir a história do seu pai, parte rumo ao estado do Mississípi na expectativa de encontrar o amigo do seu pai. Encontrou foi o filho do mesmo, também cheio de dúvidas, e ambos partem rumo ao Memorial dos Veteranos do Vietnã, localizado em Washington (DC). No decorrer da viagem, fatos aconteceram, e eles, finalmente, conheceram a história de seus pais. Uma das partes mais emocionantes do filme acontece quando o ateu, moribundo, beirando a morte, pergunta para o seu amigo se Cristo ainda o perdoaria. O outro, antes de morrer, comenta a passagem dos ladrões na cruz com Cristo, que terei o prazer de citá-la, está em Lucas, capítulo 23, versos 39 a 43: "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: 'Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.' Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: 'Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.' E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.' Jesus lhe respondeu: 'Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.'" Logo após a menção dessa passagem, ambos sucumbem.
De antemão, quero avisar-lhes que o homem pode conquistar todos os sonhos que almejam, no entanto, essa lacuna ainda persistirá em vossos corações. Somente com a presença do Espírito Santo teremos suprido em nós esse vazio.