CRÔNICAS HAWAIANAS DE JON: Agora vai ter que ser para a toda a vida
Ontem, mergulhei no álbum 'Tchau Radar' dos Engenheiros do Hawaii de 1999, depois de muito tempo e, quando a canção "3×4" começou a tocar, uma onda de memórias me invadiu. Lembrei da época do lançamento e do impacto que essa música teve em mim. Depois da escola, eu, Sérgio Nogueira e outros amigos íamos ouvir o CD na casa do Jackson Zaranza. Ele era o único que tinha o disco. Era como um culto, uma prece, uma espécie de religião nossa. Pirralhos acreditando que aquilo nos fazia bem. Depois que o disco terminava, íamos jogar futebol, vídeo game e estudar. Tanto que todos eles estão ricos, menos eu. Mas isso é por opção. Rsrs
A atmosfera melancólica da música fala sobre a aceitação das imperfeições humanas e a complexidade das relações amorosas. É uma reflexão profunda sobre o amor e como lidamos com os defeitos alheios.
Naquele momento, senti um arrepio na alma ao pensar em quem éramos quando essa versão era tudo o que tínhamos. Era um lado B sombrio e bonito, cheio de nuances. Mas HG, de forma surpreendente, transforma essa faixa em um hit essencial nos shows. Ele retira a calmaria que a caracteriza e a explode em uma alegria melódica vibrante, fazendo-nos esquecer que estávamos apenas ouvindo na cama de forma bucólica; agora ela nos leva diretamente para o salão de festas.
Coincidentemente, meu amigo Natanael me liga nesse exato momento e diz:
— Rapaz, essa versão original de "3x4" é estranha. Estou ouvindo pela primeira .