Pé de moleque
Graças ao nosso bom Deus, hoje acordei bem-disposto. Creio que seja resposta de oração. Ontem à noite, no culto de intercessão, pedi aos irmãos que orassem sobre isso. Na hora do café, eu e minha esposa conversávamos sobre as batalhas espirituais que temos enfrentado e encerramos com uma oração.
Neste momento, encontro-me nessa alcova. Terminei a leitura da Palavra e aprecio pela janela a chuva no quintal. A chuva intensa me incomoda; entretanto, esta estou apreciando. O frescor inundando o ambiente faz minha face ficar lentamente álgida. Com essa inquirição, uma paz invade minha alma. Louvado seja o Senhor. Paz é uma palavra tão pequena, apenas três letras, todavia, indispensável na vida de qualquer ser humano. De que adiantará ter o mundo inteiro ao seu dispor se carecermos de tamanha paz? Ela é fundamental para uma vida equilibrada. Na minha opinião, depois de Deus e da saúde, a paz, juntamente, com a sabedoria, são os elementos mais essenciais para a vida de qualquer pessoa.
Falando em sabedoria, aprendi mais uma coisa. Fiquei de bobeira ao perceber que, ao longo dessas seis décadas, não sabia a origem da palavra “pé de moleque,” referindo-se ao tão popular doce que todos nós conhecemos. Doce este que sou apaixonado de montão. Após ser inquirido por uma leitora sobre qual seria a origem do nome desse agradável doce, achei interessante sua indagação e resolvi pesquisar a origem do mesmo. Tinham várias histórias concernentes à sua origem; todavia, a que dei por mais satisfatória foi a resposta que ela me deu.
Segundo a Wikipédia, o pé de moleque surgiu em meados do século XVI, com o surgimento da cana-de-açúcar no Brasil. Segundo a enciclopédia, a cidade de Piranguinho, no estado de Minas Gerais, tem se destacado no cenário nacional pela sua produção artesanal e através da festa do maior pé de moleque do mundo, fazendo parte do calendário municipal. A origem do nome foi devido às quituteiras que, ao comerciarem seus doces, eram frequentemente roubadas pela meninada. Para não serem importunadas, diziam aos meninos que pedissem, pois não precisavam furtar, com a seguinte frase: — Pede, moleque.
Fiquei indagando-me: por que ainda não sabia desse fato? Por esta e outras, digo que devemos sempre estar abertos ao conhecimento. Afinal de contas, não somos donos da verdade.