Passadas pelo mundo

De várias passadas nesse estado se fez minha vida até aqui. Me pego pensando sobre o que somos exatamente. Somos poeiras constantes – talvez varrendo outras poeiras menores em nossas andanças, e quem sabe varrendo sentimentos, criando ilusões momentâneas nos corações uns dos outros; o tão chamado amor. Não apenas um amor de paixão, mas um amor de amizade, um amor de igualdade, um amor de se fazer respeitar – amar ao próximo.

Caminhamos grandemente pelo solo que nascemos, crescemos e, quem sabe, nos mudamos. Vamos caminhando incansavelmente por onde quer que nossa vida vá nos levar. Um momento estamos aqui, outro acolá. Mas chegamos em algum destino, enfim. E por ali, fazemos nossa bagunça local, espremendo todo o nosso conteúdo – tudo o que somos – em outras pessoas, e esperando suas reações; talvez de aceitação, talvez não.

As caminhadas são longas, duradouras, até eternas. Pois que pelo Brasil, pisoteamos longamente o solo, peregrinos, construindo um tal castelo que chamamos de “vida” – pobre castelo já fadado à queda. E cuidamos deste castelo como reis e rainhas, com grande zelo. Ostentamos as nossas “tapeçarias”, “metais preciosos”, entre outras coisas que conquistamos pela vida, e balançamos o estandarte com nosso brasão estampado brutalmente! É iniciada a guerra de egos, pois a vida humana, para alguns, é temperada pela destruição...

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~Escrito num dia como qualquer outro