O questionador

Em uma mesa de um lugar qualquer beirando a esquina, surgem questões cruéis na mente de um alguém:

- Você vive como gostaria de viver?

E quem vive como gostaria de viver? Quem nessa vida conquistou tudo da forma que gostaria? Pois que nunca vi um só homem nessa Terra dizer que foi feliz em tudo, afortunado em todos os âmbitos e ofícios que exerceu, sendo assim, quem seria eu?

- E você tem tentado o suficiente?

Mas como tentar o suficiente se a suficiência é um ser alado, inatingível, vivendo às nuvens em outro plano astral! Tento o tanto que posso, que me é permitido.

- Mas tem alcançado seus objetivos?

Não seria o alcançar dos objetivos o subjetivo do que cada um de nós vivemos? Pois que objetivos são realmente alcançados com perfeição nesta vida tão curta e limitada de nossas particulares propriedades? Alcanço na medida do possível, no tanto que me é exequível!

- Tem estado feliz com isso?

Qual seria a felicidade de um ser que já nasce a morrer nesta vida? Nascemos com um cronômetro grudado ao peito, com o tilintar desse jogo mortal e cruel, frio e humilhante.

- Pois acho que a raiz de seus problemas é encontrar problemas nas raízes de minhas perguntas. - Disse o coração.

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~02 de Julho de 2024