VANNES, BRETANHA, GOLFO DE MORBIHAN

Há algum tempo, ligou-me o amigo francês Gérard Bony, radicado nos arredores de VANNES, Bretanha, Golfo de Morbihan, na França, onde adquiriu bela casa com terreno de dois mil metros quadrados, arrancou árvores, preparou o solo e está cultivando hortaliças e frutíferas. Feliz da vida com sua mudança de Paris, que não suportava mais, especialmente por agora viver, como sempre almejou, em agradável e pequena comunidade, próxima ao mar. Não conheço nada dessa região de origem céltica, que ainda adota o falar bretão, inclusive oficialmente. Francês é francês e Martine, esposa do Gérard (ambos na faixa dos 77/81 atualmente), está estudando aquela língua ameaçada de extinção. Ele me pôs pilha para viajar até lá e ofereceu-me hospedagem. Seria interessante, sem dúvida, mas um tanto na contramão de meus projetos pessoais, especialmente tendo em conta minha preguiça para longas viagens com vários deslocamentos. Desfrutar, em área quase rural, a 450 kilômetros de Paris, mesmo por poucos dias, não me encanta, por mais belos que sejam os atrativos regionais e o tamanho da amizade. Mas o que lamento é a saída desse amigo de Paris: perdi referência e vínculo histórico com a cidade-luz. O interior da França não exerce em mim igual fascínio. Já estive em Fontainebleau, Poitier (onde tentei emprego) e também Reims, para tomar um champagne. Foi só. A mim sempre bastaram os encantos do Vale do Taquari, Gramado/Canela e Xangri-lá. Não adianta conhecer qualquer naco estrangeiro, sem ter ido, por exemplo, a Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Santa Maria, Uruguaiana, Alegrete, Bagé, Rio Grande, Pelotas ou Livramento.