PIZZA CHEIRANDO À GASOLINA AZUL, RUA PAISSANDU E BANHO MIX DE TANQUE, COM SABÃO EM PEDRA

 

Oiê! Ói eu aqui 'di novo'...

Desculpe, eu fui privilegiada, tive infância de verdade, à Deus muito agradeço.

 

Desta vez a crônica será sem data precisa, em torno dos seis aos nove anos. Lembrando que eu tenho 1.60m de altura, mas, antes de me darem hormônios pra parar de crescer, pois a coluna estava envergando, eu era alta entre os meus coleguinhas.

 

Saíamos nós, eu, Ecila Gaspar e Marcelo Lisboa Lopes...

 

Op's! preciso fugir da crônica e pontuar uma observação.

 

Alguém do Rio se lembra que um prédio inteiro, na Rua General Glicério em Laranjeiras ruiu e um menininho e avó cadeirante, foram salvos dos escombros pela cachorrinha, deu em todos os jornais. Acho que foi em 1966.

 

O menino do ocorrido, era o Marcelo que cito acima. Fez tantas cirurgias na bochecha, pra diminuir a cicatriz, mas, ainda ficou um linha bem marcada. A força interna dele o manteve lindo.

 

Bora voltar pra crônica...

 

Seguíamos os três depois do Colégio Instituto Ipiranga, com as nossas pastas de couro e merendeiras, todas às quartas-feiras para o Posto de Gasolina IPIRANGA, onde sempre cheirava à gasolina azul, porque eles tinham uma lojinha/padaria, que fazia pizza de mussarela com rodelas de tomate, sendo que as fatias de massa fininha eram enormes. Juntávamos as moedas para comprar três fatias e, a gente dividia dois refrigerantes Grapette ou Crush, nunca deu pra comprar um para cada um, a amizade valia mais, tempo único e delicioso.

 

Sentávamos nos banquinhos, o cheiro de gasolina azul competia com o aroma da pizza maravilhosa. Depois íamos caminhando pra nossas casas, era o mesmo caminho em boa parte do trajeto.

 

Às sextas-feiras, minha avó materna Maria de Jesus, liberava um tanque enooorme no fundo do quintal, onde ela lavava roupas. Enchia com muito sabão em pedra (daqueles grandes de lavar roupas), esfregado numa estopa, até que o tanque estivesse cheio de espuma, que nem nas  banheiras de hidromassagem rrrsss... então, chamava na vila, eu com o meu cachorrinho basset Espoleta (eu chamava de Poleta) , Zézinho, Pedrinho, César  e Chimbica, a cadelinha salsicha dele, para brincar dentro do tanque, era uma felicidade. Que bagunça boa.

 

Era o nosso Sextou! Como hoje em dia.

 

Outra travessura que vou pontuar, é que nós três, gostávamos de fugir juntos para a Rua Paissandú, mesmo que os nossos pais não permitissem, só pra ficar de mãos dadas olhando pra cima, admirando o corredor longo de 🌴🌴🌴palmeiras 🌴🌴🌴com as folhas balançando, parece bobo hoje, mas, era tão gostoso passear juntos por lá... só os puxões de orelha doíam um pouco rrrsss...mas, fazia parte rrrsss...

 

Obrigada pela atenção 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 25/06/2024
Código do texto: T8093717
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