ESTRÉIA NEFASTA D'UM BICHO ESTRANHO

 

Comecei a vida laboral aos quatorze anos, com meu pai e mais dois divisores de escritório, dois outros autônomos, eu era uma exímia datilógrafa... será que os mais jovens, ainda lembram desta palavra rrrsss... aos dezessete já trabalhava num banco particular, onde fiz sucesso, muitas promoções, fiz amigos para a vida inteira.

 

Aprendi muito num banco motivador, incentivador, familiar e, que valorizava demais os seus funcionários, o BCN, onde prestei serviços de 1977 até 1997. Conheci o amor, também o primeiro prazer e muito teatro, cinema, o valor da amizade, um noivo, a colônia de férias do RJ que virou clube e, uniu colegas de trabalho pra sempre, amados tempos. Mesmo depois fora do banco, conheci o meu Mozão, pois tínhamos ligação com o mesmo banco, acabei indo trabalhar, no teatro/casa de shows que ele, de 2002 até final de 2020 e, o Mozão já está lá tem uns vinte e quatro anos. Ok! floreei demais, vou pro bicho estranho.

 

Lá pelo final dos anos oitenta, na mesma calçada da agência bancária, onde eu trabalhava, divulgaram que iam abrir uma 'saladeria' e, como muitos colegas amavam saladas, então, combinamos...um grupo de vinte pessoas, para irmos conhecer o local no dia inaugural, o dono ia se dar bem logo no primeiro dia...ledo engano, ao contrário...ele se deu muito mal...o primeiro dia foi o último... encontramos um bicho estranho nas folhas e mais dois clientes, também acharam lagartas num salada mista colorida...'CARACA' foi nojento e deu uma confusão até com polícia...como puderam ter tanto descuido! 

 

Até tentaram reabrir na semana seguinte, só que ninguém colocou os pés por lá. A minha agência era uma centralizadora, bem grande, tinha setenta funcionários e turnos de trabalho diferentes, em loja, mezanino e sobreloja, num prédio de 21 andares, com os outros departamentos próprios ou seja, muitos funcionários sabendo do ocorrido.

 

A 'rádio elevador' capitaneada pelas acessoristas, já havia alardeando o fato pelo prédio todo e, vazou rápido para os nossos clientes, resultou ao dono da 'saladeria' abrir falência. Horrível situação para um comerciante, mas, ficaria muito difícil ele se manter por ali. Tomara que em outro lugar, outro bairro, mais cuidado e atenção verdadeira, com o próprio negócio, ele tenha se reerguido. 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 14/06/2024
Código do texto: T8085651
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