Will vê tudo de cima

(28/08/19)

 

 

Will, aguardando um ímpeto de fazer, lança seu olhar pela janela, de alumínio, observando a paisagem da tropicália  ardente.

 

Reflete como se índio fosse, sobre a soberana impropriedade de ter.

 

Aguarda a nave mãe que levará seus pés e trapos (o as) para alem daquela margem que limita.

 

Will sabe que ventos fortes soprarão, e que é patente que as torrentes de açaí deixarão o céu mais negro que a fumaça que sobe apagando as estrelas.

 

Sabe também que, mesmo evoluindo em 4,5G aquela  humanidade desprotegida pela falta do vermelho urucum anseia pelo verde cifronado que tudo transforma sob o poder de 7G.

 

 

Will decide ser a hora de subir na nave e, de cima, por cima, definir a margem e ditar os limites.

 

E escuta vozes e preces, queixumes e blasfêmias, cantos e histerias, responde e não mente.

 

 

Mas, às vezes, engana.

 

 

 

E quem é WILL ?