GEOPOLÍTICA DO DESASTRE

GEOPOLÍTICA DO DESASTRE

Ninguém é pitonisa, mas há uma tendência de, em algum momento, talvez dentro de algumas décadas, de uma terceira guerra mundial, que irá desenhar um mundo novo, sem cogitar, aqui, dos enormes e ameaçadores problemas climáticos. Espero ardentemente que eu me engane. Torço para que emirjam lideranças inteligentes e bem intencionadas. Mas o fanatismo religioso, anti-racial e ideológico, atiçado por interesses econômicos espúrios e por ambições de poder conduzem, por uns poucos carismáticos, a maioria dos desvalidos a uma verdadeira noite de horrores. Nosso barbarismo é genético, oriundo de priscas eras. Seguidamente penso no ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA do nosso grande JOSÉ SARAMAGO, que é apenas um aperitivo do que pode, um dia, acontecer, na marcha tresloucada das coisas planetárias. Quando o homem se despe de valores e normas fundamentais, ressurge a fera, a besta selvagem. Israelenses e árabes, primos e vizinhos, também fomentados por interesses geopolíticos de outros países, há muitos anos sustentam uma animosidade belicosa, irracional e empobrecedora de suas populações. A roda da história não para de girar: recentemente, Israel foi brutal e surpreendentemente atacada e obviamente está a revidar, não se sabe exatamente até que ponto. Uma coisa puxa outra e o mundo inteiro fica envolvido, com a civilização ameaçada por alguma ação ainda mais insana de qualquer partícipe. Boa parte da ignorância advém da extrema pobreza e da falta de perspectivas para um mais adequado desenvolvimento.