Quinta-Feira
Quinta-feira às quatro acordei, levantei e escrevi pouco. Estou tentando co-relacionar todos os meus escritos em cadernos — Aqueles que eu faço a mão — Quero guardar todos para quando me ir, deixar algo importante para minha filha lembrar de mim. Quero que ela lembre de mim como mãe "super-heroína" da vida dela, mas quero principalmente que ela me veja como um ser humano falho que tenta dar o mundo de coisas boas e para ela ser no máximo; o que eu nunca pude ser por coisas externas. Pelas privações e provas que tive que passar. — Bem, não era isso que eu falava — Quero que tenha algo meu, que me deixe em rastros por aí afora, por isso os escrevo.
Às oito olhei o sol que batia no portão entrando como todos os dias, aproveitei e coloquei as plantas para tomar o ar da manhã. — Acho que não lhe falei — segunda-feira pensei que o Anador estava morrendo, mas quando foi terça-feira no horário normal de colocar para banho no sol, a vi nascido um broto. Lindo, muito lindo e eu pensei que ia morrer. O broto é rosado claro e bem pequeno.
Fui à cozinha, coloquei água do baião de dois no fogo — Porque não uso panela de pressão por medo — e o deixei lá. Fiz café da manhã e comemos. Ajeitei a casa, as bagunças, os brinquedos e quando vi já estava deixando a pequena na escola. Houve alguns acontecimentos que eu gostaria de relatar, mas não aqui.
Pelo caminho estive lendo um livro sobre caminhos, cheguei as 13:13 e me pus a frente do ventilador para espantar o calor. Parei de ler o livro sobre caminhos e comecei a ler Clarice. Queria eu o poder de ler tudo ao mesmo tempo, pois, quero conhecimento a todo instante. Agora são 14:14, que coincidência. Estive devorando os escritos de Clarice e cada vez mais me vejo nela, isso me soa engraçado. Pois bem!
Só me veio isso em mente e quis relatar. Não me vem nada a mente, concluindo por aqui. 14:16