PROCESSO DESTRUTIVO DA VIDA HUMANA
Ao estender os olhos pelo centro da cidade, percebo que os nossos jovens estão sendo jogados e armazenados nas ruas, como se fossem peças de reposição que não prestam pra mais nada, ou até um produto descartável qualquer lançado a esmo para que a sociedade entenda que não somos assim tão sociais ou sociáveis.
Enquanto andamos com medo de uma acao de ataque, o estado vive oferecendo a estes um novo lar chamado de CRACOLANDIA. (O CRAQUE E A DISNEYLANDIA)
Qual terá sido o EXPERT EM HUMANIZAÇÃO que criou esse nome ridículo a estes que lançam nas calçadas os seus corpos e os seus sonhos ja perdidos?
E essas ruas, hoje nos dão medo em trafega-las pois elas estão cheias de drogados que mais parecem zumbis que pedem moedas mas que podem te atacar para consegui-las se você não der e ai mao terá para quem apelar.
O passeio pelas ruas em fins de semama está se tornando impraticável e assustador.
Mas perai... O Estado dá o pão, a sopa, o cobertor e uns espaços nas praças e nas calçadas para acomoda-los confortavelmente com seus pertences que acumulam em sacos imundos juntando restos "aproveitáveis".
PERGUNTA: Quem lhes dará a cura, a reintegração para a sociedade, a vida digna de um emprego, de um trabalho que o faça se sentir util, util a essa sociedade que de janelas fechadas dos carros não são capazes nem de olhar para eles, e por que olharia?
O comércio quebra, baixa suas portas, demitindo seus funcionários pois os transeuntes se assustam e deixam de ser clientes.
E a polícia, ( CUJO SLOGAN É SERVIR E PROTEGER) precisava ter um projeto de educar essas pessoas, mas o sistema de inteligência não é tão inteligente assim para criar um projeto educativo de reintegração.
Por vezes, chego a pensar que os sprays de pimenta ou os cassetetes no lombo destes invalidados seres, seja a forma corretiva praticada pelos que deveriam SERVIR E PROTEGER.
Estendam seus olhos e vejam os
barracos de lonas, de papeloes, de plásticos ou de qualquer outro material que seja acolhedor, são levantados em praças, em ruas, em esquinas a todo instante aumentando a miseria, o caos promovido pelo estado e a inercia de quem só olha e nada faz, pois está confortado em seu lar e esse problema mao lhe diz respeito. SERA QUE NAO?
O Estado (esse que diz que protege o cidadão) se nega aceitar que essas ruas, praças e esquinas viraram CONDOMÍNIOS DAS DESGRAÇAS, ou covil dos desgraçados na cidade mais rica do país.
As pessoas, (para afugentar esses que tem a rua como lar), ateiam fogo nas suas chamadas moradas para retirá-los dali achando que essa é a mais coerente solução.
E o Estado...
O estado faz o que?
Serve pão, sopa e cobertor.
Isso já virou doença crônica, o Ministério da Saúde tem que intervir urgentemente, pois ja esta se alastrando pelo país inteiro, e vemos que a miséria continua avancando e só muda de endereço.
Lembram da covid 19?
Quantos galpões de emergência (ou hospital de campanha) foram erguidos para testes internações, curas e afins, por que não fazem isso para curar essas pessoas que tambem estãodoentes?
Essa ação (Queira os Direitos Humanos aceitarem ou não) Precisa ser feita com essa mesma preocupação: CURAR ESSE POVO do maldito vício das drogas.
Pão, sopa e cobertor ajudam, mas não vão lhes trazer de volta a vida, se não houver uma INTERVENÇÃO SANITÁRIA em caráter de urgência.
Muitos pediram todo tipo de intervenção para MUDAR a politica do Brasil. Então, por que não pedir uma INTERVENÇÃO SANITÁRIA em carater de urgência?
Mas, e se eles não quiserem ser tratados, se optarem pela livre escolha do não querer, o que se deve fazer?
E que escolha é essa que soa como auto destruição e ninguémpode intervir?
Perante a Lei, não se pode tirar de nós (nem deles) os Direitos que lhes são constituídos.
Mas o nosso povo está morrendo aos nossos olhos como se nem gente fosse e pouca importância tivesse o seu existir.
A cidade ficou feia e assustadora, o medo, a sujeira estão se espalhando formando um terror nunca antes visto nao só em Sao Paulo cantada pelo poeta enaltecendo a Ipiranga e a SãoJoão.
Falando de mudanças, quando comecaremos mudar?
Mudar o olhar, mudar o conceito e convívio social de um povo, mudar a forma de vivermos num país tão rico que retem as maiores riquezas nas mãos de poucos e distribui a miseria na vida de muitos.
Tomara que aprendamos melhor e cuidemos de mudar a peste bobônica e cancerígena em que se tornaram as nossas tão chamadas.
POLÍTICAS PÚBLICAS.
Caso contrário, o número de pessoas jogadas nas ruas irá aumentar causando transtorno para alguns, alimentado pela inércia de muitos outros que de alguma forma se beneficia com esse quadro pintado pela miseria de autores e atores desse processo destrutivo da vida humana.
Carlos Silva