Sabor de saber
Eita cabra veio, dizedor de coisas tão nossas feito balas cruas rasgando a caatinga almejada por Antonio arrudiado de Conselheiro com seus Canudos de sonhos e brisas do vaza que vaza os barris da nossa poesia.
Sois um prato abarrotado de viveres alimentares, donde jorram sonhos tão puros feito peido de crianças inda a rastejar as primeiras balbucias dos seus verbos tão puros.
Estonteante são as estrondosas rimas que acampam e remontoam tua inspiração ao dizer que és filho duma Pátria humilde, mãe de tantos orfãos amedrontados pelo algoz da comandante voz,estalando chicoteadas verves ensopando panos frios de luares em busca do prato prateado do sal da esperança.
Brota aos olhos dos almejantes sonhadores um taco de rima, um pedaço de verso uma cuia de trovas penduradas nas arvores do pensar do menestrel solitário.
Tenho medo de medir o mundo sem a metrificação dos pensares e dos dizeres matutais da nossa gente que sonha e anseia no seio da morte vida severina de tantos penares.
Rasga sertão tua placenta e expõe tuas crias nuas e famintas de verdades a tantos olhos que não querem te ver.
Eita lasca de verso torto,embriagando a sutileza do pensar poetico do caminhador por cima de pedras tortas e bafos espinhosos de incertezas.
Eita sertão bonito eita povo abastado de bunitanças tão nossas.