ACREDITAR EM GOVERNOS?

De direita, centro ou esquerda, para mim tanto faz em matéria de credibilidade e resultado. Os fatos falam por si mesmos e os desafios são iguais. Vejam bem, é preciso melhorar a vida de imensa quantidade de pessoas carentes. Iniscutível. O Brasil é isto, mistura de muito ricos e paupérrimos. Temos de buscar certo equilíbrio econômico e social. Tirante a fantasia oportunista dos discursos, o que a história nos demonstra? O Governo não paga precatórios, não corrige adequadamente descontos na tabela do Imposto de Renda, o cálculo dos índices de reajustes remueratórios para trabalhadores, aposentados e pensionistas não condiz com a realidade de sua real estrutura de consumo, já que pega sempre por baixo - como se todo mundo vivesse da caça e pesca. O consumo financeiro político é absurdo, desde emendas e vantagens parlamentares, a grandes dispêndios governamentaise funcionais nebulosos, inexplicáveis. Ademais, para bons serviços públicos, é preciso contratar e remunerar adequadamente, o que se choca com a pouca renda nacional, a evasão fiscal e os conhecidos desvios de verbas. Reforma Tributária? Só se for para ferrar ainda mais a classe média, que é o verdadeiro esteio econômico país. O Governo não paga nem mesmo suas dívidas, quer, então, o quê? O que tem ocorrido é o falso “aquecimento”, muito eventual, da atividade econômica com estímulos irresponsáveis ao endividamento das famílias, acarretando inadimplência monstruosa, alimentada por juros bancários impagáveis. O cartão de crédito é a cicuta (veneno) destes tempos tormentosos demuita politicagem. Apesar de tudo, não sou pessimista. Na história, houve momentos muito mais graves e a coisa andou. Mas tem de haver muito trabalho individual e coletivo, grande esforço e muita cobrança aos que governam. O resto é sonho de uma noite de verão.