QUAL O PREÇO QUE SE PAGA POR SER SINCERO? A acidez de um dizer.
Houve um tempo, em que levado por tantas promessas repetitivas, fui absorvendo um outro ser dentro de mim. Fui reconhecendo um lado humano mais duro, mais desconfiado e mais pé no chão.
Resolvi que deveria me afastar de muitas pessoas (assim o fiz) mesmo sabendo que sentiria falta delas nalguns momentos.
Mas esse meu retiro em busca da minha própria solidão, me apresentou um outro lado meu que eu preciso e ansiava descobrir. Talvez eu tenha (devido aos tombos) aprendido a não mais escorregar, mesmo tendo ferido outras pessoas que não tinham nada a ver com o que comigo se passava.
Fui me chateando com a repetitividade das ações de alguns e isso me incomodava muito. Creio que ao me afastar, eu estava poupando as pessoas de ter uma chata companhia mesmo a distancia e compreendi que boa parte destes ao se afastar de mim, estavam me ajudando e de alguns destes acostumei-me sem sua presença (mesmo distante) A PONTO DE ME COMPREENDER MELHOR.
Não quero perturbar ninguém, não quero ser chato, eu só quero viver cultivando as boas sementes que ainda me restaram e somam nos mesmos ideais e que por mais que pareça estranho eu dizer isso, eu tenho que dizer: O AFASTAMENTO DE MUITOS ME APROXIMOU MAIS DA MINHA REALIDADE DE VIDA. Ninguém vive só, mas tenhamos a sinceridade de dizer que por muitas vezes elogios tornam-se chatos demais, a ponto de não querermos mais ouvi-los, pois ao invés de massagear o ego, estupram os ouvidos de quem escuta. Para....chega... deem-me a oportunidade, o trabalho que tanto necessito. Não quero ficar na aba de ninguém, mas quero seguir que ainda é possível sim irmanar as ideias sem destruir os ideais.
Para que mil contatos na minha agenda de telefone se eu só me comunico com meia dúzia de pessoas?
Cheguei a pensar assim: AMIGOS TENHO MUITOS, agora eu preciso é de pessoas que me contratem, que me arrumem trabalho, que indiquem meu nome para eventos, EU PRECISO DE TRABALHO e não de elogios, aplausos, monções honrosas. Isso não me dará (nem a mim e nem a ninguém) sustentabilidade na vida. A gente só precisa ser mais sincero, primeiro conosco e depois com as pessoas que fazem parte do nosso viver.
O poeta ZÉ MARCOLINO disse um dia: SANTO QUE NÃO ME AJUDA PODE CAIR DA PAREDE. Estudem essa frase, reflitam quantas coisas cabem dentro dela e se auto analisem ao ponto de tomar um choque de realidade com alta voltagem de percepção pra sua vida. Tá se sentindo sufocado? Afaste-se, mude o caminho, a rota, a direção, os gostos, os costumes permita-se viver com sinceridade. Se gostar de algo ou de alguém diga que gosta e se não gostar mande (SEJA QUEM E O QUE FOR) se lascar e siga seu caminho, mas seja sincero pois o seu melhor amigo tá dentro de você. VAI VIVER PORRA e deixe que o destino te julgue.
Hpje de 100 eliminei as chatices de uns 60 e tanto eles quanto eu estamos bem assim. Por vezes, nos cumprimentamos de longe e isso reforça a tese de que: NINGUÉM NASCEU PARA VIVER SOZINHO, MAS NINGUÉM TA,BÉM É OBRIGADO SUPORTAR AS MINHAS DORES. É assim que as pessoas tem que viver. Sendo sinceras, acreditarão mais em si e no outro, respeitando limites e direções que cada um tem que seguir. Fui Claro? Não? aí é com você a estátua do Borba gato, a ponte rio Niterói e a porra toda qualquer. Experimente ser mais sincero com você mesmo e somente assim entenderá que elogios, apertos (fracos de mãos) não vão te levar a nada e nem a lugar nenhum.
Vou pagar caro por essa sinceridade, mas somente para aqueles que adoram viver na mentira conservando seus egos achando que Alice ainda está no país das maravilhas e que a Branca de Neve é simpática com todos os 7 anões. Concordando ou não, dá licença que eu preciso fazer minha feira, pagar minhas contas e fazer alguns cordéis para vender nas feiras por aí. Abracemo-nos antes que nossos braços sintam-se inúteis para abraçar até quem sabe... a nós mesmos.
Sei lá se te fiz entender, as vezes nem eu mesmo compreendo o que eu digo, mas é sempre sábio dizer algo nem que seja para se sentir bem, ou mal. Sei lá.