Vidas nos braços da sorte,

Os vais e vens, pelas ruas e pelas 

pelas calçadas,

homens em todas as direções,

rumo sul ou norte.

A multidão pelas ruas,

movimentam em todos os sentidos

para um ponto definido,

sandálias e sapatos encalcando na calçada de concreto

passos como compassos em abertura correta

levam, sustentam.

Esses corpos humanos se equilibram

nas curvas das esquinas,

nas retas, nas escadas, plataformas,

subindo nos elevadores, se elevando ao teto.

 

Ao olhar em panorâmica milhares de cabeças.

imensidão de cabeleiras expostas ao tempo,

gorros, quepes até solideis,

alguns deschapelados, outros de boinas e chapeis.

Quando cai a tarde, fim de jornada a noite

como um trem noturno devolvem

seus pacotes embalados em tecidos,

respiros, almas de corações batendo forte,

cansados e estafados,

 pernas e mãos atadas, olhos contritos

como amarras,

amanhã um novo dia, novas metas a serem superadas.

 

(antherport)25/6/23

 

 

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 25/06/2023
Reeditado em 30/05/2024
Código do texto: T7821732
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