Vidas nos braços da sorte,
Os vais e vens, pelas ruas e pelas
pelas calçadas,
homens em todas as direções,
rumo sul ou norte.
A multidão pelas ruas,
movimentam em todos os sentidos
para um ponto definido,
sandálias e sapatos encalcando na calçada de concreto
passos como compassos em abertura correta
levam, sustentam.
Esses corpos humanos se equilibram
nas curvas das esquinas,
nas retas, nas escadas, plataformas,
subindo nos elevadores, se elevando ao teto.
Ao olhar em panorâmica milhares de cabeças.
imensidão de cabeleiras expostas ao tempo,
gorros, quepes até solideis,
alguns deschapelados, outros de boinas e chapeis.
Quando cai a tarde, fim de jornada a noite
como um trem noturno devolvem
seus pacotes embalados em tecidos,
respiros, almas de corações batendo forte,
cansados e estafados,
pernas e mãos atadas, olhos contritos
como amarras,
amanhã um novo dia, novas metas a serem superadas.
(antherport)25/6/23