Fodástico

Fodástico

O ano já tá acabando (2023), e ainda não dei início no cumprimento das promessas que fiz. Fodástico!

Então uai. Pelo visto não passou de promessa vã. Isso me aborrece e me entristece, pois foram promessas fáceis de cumprir.

Como pode ver pelo texto que faço reproduzir, este ano se finda e as promessa para este ano ficarão para o ano seguinte (2024).

Ei-lo. “Quando o ano novo chegar (2023).... Uai, já chegou ué.”

Ao fechar as cortinas de 2022, o meu amigo Fernando de Miranda Jorge me sugeriu para 2023, tomar tento, e mudar de vida, pois assim, com certeza, apesar de que, a trancos e barrancos, sobrevivemos o angustiante e incerto 2022 com tantos percalços.

Bão sô, neste ano, 2023, ah, como todos dizem e esperam, eu tamém, vida nova, uai. Putz grila, já são mais de 60 vidas novas, mas parece que tá tudu du memo jeito ué. Ou pió. Mas memu assim tô inquieto e mais decididu desta veiz. Vou, sem pestanejar minhas apostas fazer, desta veiz prometo cumprir as promessas de antanho de seguir uma vida saudável, trabaiá menos e seguir os conselhos do malandro urbano Zeca Pagodinhu (deixar a vida me levar para onde ela quiser, oi leva eu. Espero a minha veiz chegar. Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu). Será mesmo?

Quando o ano novo chegar, 2023, quero programar, fazer tudo diferente: reinventar-me, dar vazão a outro que vive escondido dentro de mim, ser diferente comigo e com os outros.

Quando o ano novo chegar, quero conhecer pessoas incríveis. Daquelas que, como no final deste ano, vou agradecer por acaso ou destino, entrarem na minha vida. O objetivo é no final de 2023, desejar feliz ano ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~novo para os novos amigos que entraram na minha vida.

Quando o ano novo chegar quero aprender a cozinhar as comidas da minha avó. E da minha mãe. A vida é muito curta para deixar certas tradições passarem. Precisamos aproveitar tudo que temos no “agora” e neste “momento”. Sempre prometo mas acabo esquecendo-me.

Quando o ano novo chegar quero aprender a tocar violão e saxsofone. Pelo simples fato de não saber nenhum instrumento e gostar tanto de música.

Quando o ano novo chegar quero ler mais livros, assistir mais filmes, ouvir mais músicas. Não permitir que momentos prazerosos de cultura passem por mim sem que eu os perceba. O objetivo maior é não cochilar na vigésima página de um livro incrível, ou desistir de escrever a partir do terceiro parágrafo.

Quando o ano novo chegar quero cuidar mais da minha saúde. Não desmarcar médicos por causa de compromissos e não acreditar em dietas milagrosas. Aceitar o meu corpo do jeito que ele é, e continuar com os exercícios físicos e mentais. Dietas de “emagreça dez quilos em um mês” simplesmente não funcionam. Adeus para todas elas.

Quanto às finanças, zerar as dívidas e não comprar nada que não esteja no pagamento à vista. Ficar com o carro velho sem preocupar com as novas tendências do mercado.

Dedicação à família, manter os amigos atuais e conquistar outros verdadeiros.

Quando o ano novo chegar, vou, ao contrário destes anos todos, não prolongar minha presença na vida de pessoas que não fazem tamanha questão de me ter por perto.

Quando o ano novo chegar, vou saber a hora de ir embora e não se magoar. Não devemos exigir o amor de ninguém. As pessoas não são obrigadas a nos amar. Muito menos a gente, de ficar fazendo papel de coadjuvante na vida delas.

Quando o ano novo chegar quero continuar a escrever sempre que surgir uma nova ideia. Ou melhor: não deixar as ideias passarem. Ou ainda melhor: ter um caderninho sempre a mão.

.Quando o ano novo chegar quero continuar acreditando nas minhas vontades. Seja para começar um novo curso, aprender uma nova língua ou abandonar relações profissionais que não me agradam. Tirar os projetos dos papéis.

Ver no horizonte o céu e as estrelas, o sol, a lua, sentir o calor e o frio, a chuva chegando sem perder a esperança, jamais! Me apaixonar quantas vezes for necessário. Por coisas e pessoas. Permitir os reencontros.

Viver a vida que EU quero e não a vida que as pessoas esperam que eu tenha. Esse é o desejo mais difícil. Mesmo assim, vamos tentar?

Ouvir as críticas. Aceitar os elogios. Entender que amadurecimento é só uma questão de tempo. Ir com calma e levantar quantas vezes for preciso. E principalmente: não recusar se alguém estender a mão quando eu estiver no chão. Agradecer. Gratidão.

Ajudar uma nova instituição de caridade. Quando o meu cabelo estiver enorme, doar para quem precisa.

De resto, como diz Fernando de Miranda Jorge, amigo e escritor renomado, se ainda tiver, venha janeiro com meditação, relaxamento e cabeça vazia, entre os setenta mil pensamentos por dia. Ou, seguir o pensamento do escritor e jornalista brasileiro Paulo Coelho de Souza “Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela”.

Bão já estamos em fevereiro, logo, logo estaremos no final do ano e, confesso, ainda continuo sentado à beira do caminho... Extrema, 15/02/23 1000ton”

Como se nota, o sentar à beira do caminho, parece-me ser mais cômodo. Mas onde isso vai me levar? Com certeza a lugar nenhum.

Ao menos minha inspiração mediúnica não me abandonou, pois então:

“ Portas se abriram. A chuva caiu, quando por caprichos, deixamos nosso amor partir; porta se abriu, regou sentimentos jamais adormecidos. Estrelas levaram aquilo que o coração pediu. E o céu se abriu, Outro momento surgiu. Os sentimentos manifestaram-se Neste nosso amor Que no tempo permanece..."

Extrema, 10/05/23.

1000ton

Milton Furquim
Enviado por Milton Furquim em 10/05/2023
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