Lula X Bolsonaro e o socorro às tragédias ambientais
Até uma pessoa desligada e que não acompanha o processo político sabe que Lula é infinitamente mais político, humano e mais populista que Jair Bolsonaro. Obviamente, eu espero não estar falando com fanáticos bolsonaristas e petistas, até porque sou contra ambos os grupos, assim como nunca fui chegado ao lulopetismo e, menos ainda, ao bolsonarismo. Como nunca havia votado em nenhum dos dois políticos até o dia 30 de novembro, tive que votar naquele que considerava o menos pior, no segundo turno das eleições presidenciais.
Todos que me conhecem sabem que o meu candidato foi o Ciro Gomes. Não por ele, mas pelo o que apresentou de projetos para o país. Não voto em pessoas, muito menos em partidos: voto em boas propostas e projetos exequíveis.
Voltando ao Lula e ao Bolsonaro, vejamos: ambos se depararam com tragédias naturais em seus governos. Lula, por sua vez, quando governou nos seus dois primeiros mandatos, como agora, sempre foi solícito e compareceu às catástrofes, às enchentes e aos problemas gravíssimos ocasionados pela força da natureza. Nunca se furtou de estar com a população sofrida e mostrar apoio aos governadores e prefeitos das localidades atingidas.
O mesmo posso dizer dos ex-presidentes FHC, Dilma e Temer: todos se solidarizaram com às tragédias que sobrevieram contra o povo brasileiro. Todos visitaram os locais atingidos
Foi isso que Lula fez ontem em São Paulo, quando se reuniu com o governador e o ex-ministro de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, e com o prefeito psdbista, inimigo político histórico do PT, deu as mãos aos dois e disse que estaria junto deles dando suporte à população e enviando recursos para obras, construção de casas populares e alimentos. Fez questão de dizer que o momento era de união e a favor do povo sofrido que perdera tudo. Que contraponto imenso com a postura e a ação do ex-presidente da República, que está nos Estados Unidos!
Jair Bolsonaro também enfrentou, em seu governo, tragédias naturais. No final de 2021, preferiu ficar de folga e passear de jet-ski em uma praia de Santa Catarina, em vez de visitar a tragédia causada pelas chuvas que atingiram o Sul da Bahia e o Norte de Minas Gerais, sem demonstrar nenhuma empatia, humanidade e misericórdia com a população sofrida e que perdera tudo.
O contraponto é abissal. O candidato do “Deus, pátria e família” que deixou de ir à igreja após a derrota, fugiu da pátria um dia antes de passar a faixa presidencial e que só ama a família dele mesmo, deixou um legado horrível. Além de não atender e estar presente com as famílias que passaram por catástrofes naturais, preferiu andar de lancha e jet-ski. Jamais interrompeu suas férias para atender alguma demanda. Como se não bastasse, também abandonou os índios yanomami à própria sorte e apoiou, incondicionalmente, os garimpeiros ilegais em terras indígenas demarcadas.
Não preciso dizer mais nada. A história, os jornais, as revistas e as mídias sociais registraram o que foi narrado acima e o registro vergonhoso – diga-se de passagem – marca mais um capítulo na história do país. Lastimável.