Gotas noturnas
Ouvi ao fundo, a sonoridade da água imaginando que pelo teu corpo escorria num momento de entrega e de prazer a um merecido e quente banho ao ar livre.
Ouvi tua voz ecoando um pedido.
Confesso que não contive (pois nao esperava) o disparo acelerado do coração, posto que queria certificar-me quem estava chamando minha atenção.
Sob a fraca luz, numa envolvente penumbra, ainda pude contempla-la sentada relaxando aos pingos gotejando no teu corpo que estava tao longe perto de mim.
Quem dera molecular-me, e feito um átomo, tomar a forma daquele líquido que derramava em teu corpo passeando por ele, descobrindo pelas curvas e fendas o prosseguir naquele momento de prazer tão teu.
Ainda te caço, não te acho, mas (perdoe-me dizer) te preciso.
Carlos Silva
Como é linda a capacidade de transformar momentos em poesia...deixar as palavras dançarem na imaginação e se transformarem em grafias para chegar ao outro lado da telinha...