DESDE 1934, AGNALDO! (Crônica do filho)
DESDE 1934, AGNALDO! (Crônica do filho)
Hoje, acordei inspirado! E talvez isso sempre ocorra nos natalícios. Natalícios de Cristo, Agnaldo e dos céus, porque cada giro do mundo tem o giro do sol.
Quem diria que viajamos tão longe, veloz e feérico, como a bola de boliche afrontando as garrafas onde não se sabe da pista, se ela existe ou se faz enxergar?
Esse é o agora, 23 de dezembro de 2022! E desde que me entendo, o Moreno renasce. Já são 88 luas grandes, como diriam os apaches ou os comanches. Mas também nos disse um guarani, que recebeu visita européia.
Há quem me diga que é tempo do advento, e que ele faz parte da festa de Cristo. Mas, Agnaldo é isso tudo, é pedra de lodo na beira do rio, moendo a cana, vendendo a peça, servindo o chope na mesa de bar, fazendo cachaça em um alambique, colhendo cabaças do velho cacau, comendo a pirraça da velha Alice, cuidando do sogro Firmino, o qual foi o tal.
Sorrindo ou chorando, Agnaldo é meiguice, contrito com a fé que não está no jornal. O Guina é de todos, das cartas do jogo, do trigo e do joio que foi separar. Ele sempre está como ombro amigo, mas só quer a paz, conversar e ceiar.
E hoje a reza será para Guina, que sempre ensina sem mesmo falar. Porque quando sorri, Guina é conforto, que nem a Granja do Torto vai se comparar.
Na sua memória, Guina lembra de tudo, pois tem escritório com viés de história e porque se organiza sempre que vai lutar. Não gosta de guerra, mas não foge da luta, e vai por todos os dias sua Camila ajudar. Ele desce na feira, vai na padaria, conversa com o dia, como as nuvens que há. No sopro do vento, ele gira as chaves e abre as cancelas e portões com que se depara. Ele tem ferramentas e concerta o mundo, mesmo quando se fere e precisa curar.
E esse é meu Pai, junto à toda família, muito mais que mobília ou até um rajá. Ele é nossa âncora, junto à sua Camila, pois o barco quer cais, quer navegar muito mais, e ele vem marujar.
E fez junto a ela, Ana, Zé, Ró e Adri, que estão por aqui para lhes festejar. Mas tem mais gente aí, seja Alice ou Rapha, mas não digo o que vi, pois vem gente no ar. Vai chegar mais bisneto, com o colo mais certo, para a casa adornar.
Mas ser feliz é viver sob as graças de Deus, respeitando o dom que Jesus deu aos seus. E Agnaldo é isso, e oferta esse viço a quem seja de Deus!
Todo ano é ano, mas hoje é de um oitenta e oito, como o símbolo dobrado do infinito, porque digo que se é a fé que nos move, viveremos num "love" pelo eterno infinito.