Odeiam o próximo como a si mesmo
Curiosa as reações que causa o sujeito que se isola. Principalmente nos mais inseguros. Aqueles tipos que estão sempre na defensiva, brigando com inimigos imaginários ou não. Sujeitos que, ao que tudo indica, estão longe de alcançar certa sabedoria apaziguadora que deixaria a sua própria vida mais leve. Os seguidores de Cristo que odeiam o próximo como a si mesmo.
Eu aprendi com o fodido do Charles Bukowski isso de evitar as pessoas (logo com quem, com o velho Buk e todos seus fodidos traumas!). Não podemos dizer que o velho safado fosse uma das melhores referências de comportamento, claro. Longe disso. Mas a minha experiência de vida até aqui, caso eu não esteja completamente equivocado, tem confluído com essa filosofia do “à parte”.
E também, diga-se de passagem, parece ser da minha própria natureza sempre querer ficar mais na minha, no meu canto, observando sem ser observado. O típico introvertido junguiano. O que, como disse o próprio Jung, não deixa de ser um recuo defensivo, tendo em vista procurar saber se é realmente natural ou traumático.
E qual seria a diferença entre esse que vos escreve e os inseguros que lutam o tempo todo contra adversários imaginosos? Simples: o desejo forte de estar em paz, de viver em paz, ser deixado em paz. Arrouba de aproximar cada vez mais do conhecimento, da verdadeira sabedoria dos símbolos Cristo, Buda, ou quais sejam, e de tudo de bom que eles representam.
“Eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto”.
Charles Bukowski.