AMOR E GRATIDÃO
• Eu fui criado no mato, tangendo os bichos que papai possuía,
e vivi numa simplicidade, fora da cidade que de longe se via.
• Meus brinquedos eu mesmo fazia pois pra nós não havia as reais condições,
de ter um barquinho bonito, uma bola um apito e até caminhões.
• Eu tinha os meus boizinhos de osso e da palha de milho mamãe inventava,
pra irmã, ela fazia boneca e até mesmo peteca ela costurava.
• No Natal não se via presente pois menino inocente nem conhece o Natal,
papai e mamãe até que se esforçava e a meia noite rezava missa do galo, afinal.
• Mas eu não conhecia tristeza, por não ter um Natal como os outros tinha,
na roça, lá longe da cidade, minha felicidade era painho e Mainha.
• Não nos dava aos luxos sonhados desses desejados que os outros tem,
para nós, humilde e carente, o suficiente era ser feliz também.
• A família é a maior riqueza e o pão posto a mesa era a boa esperança,
pra viver bem, basta ter um sorriso pois o real paraíso é ser sempre criança.
• Criança não sente maldade tampouco infelicidade conhece na vida,
• ela sabe que se tudo existe é porque Deus persiste no sustento da lida.
• Um sonho que gostaria de ter, ou se pudesse ver aqui novamente,
era abraçar papai e mamãe de novo, no meio do povo e de tanto parente.
• Papai, já virou uma estrela, mãe se eu pudesse vê-la por aqui de novo
Eu diria, acredito em natal, pois seria afinal feliz com nosso povo.
• Jesus meu Senhor, a ti agradeço, nem sei se mereço amor e perdão
Mas lhe peço, por sua bondade tenhas por caridade meus pais em proteção.
• Quanto a mim, serei até o fim, o filho amado que minha mãe quis,
E com a benção do meu pai querido mesmo estando sofrido eu serei feliz.
• Meu brinquedo ficou no passado, já foi carregado da imaginação,
hoje quero seguir os bons trilhos, ensinar aos meus filhos AMOR E GRATIDÃO.