A morte da mãe de um amigo [Crônica]
Estes dias estou com um novo propósito perante a escrita:
Continuar escrevendo meus contos Geeks, e para isto, até criei um blog para me animar. Sobre blog é algo bastante ultrapassado e o que eu utilizo é blogspot do google. O google não ajuda muito. Criar um blog significa pra mim: Utilizar um caderno virtual somente. E o outro propósito. Traduzir os contos do site Alba learning. Que são contos de domínio público de vários autores. E para isto busco meio que aleatório contos, que originalmente estão em espanhol. Traduzo com tradutor e logo após, faço adequações que podem incluir reescrita. Afinal são contos antigos, logo, utilizo como escrita criativa.
A dois dias atrás escrevi a tradução de um conto aqui no recanto das letras.
O texto escolhido estes dias foi de um escritor que narrava a visita a mãe, já morta, em um cemitério. Estes dias que escrevo é próximo ao dia de finados, todavia, foi aleatório o texto.
Escrevendo o conto, o meu colega ao lado, de serviço, contava que a mãe foi internada e já estaria quase de alta e precisava de uma cadeira de rodas. A mãe dele com os seus noventa anos, não conhecia. Almejava cuidados.
Não deu tempo de conseguir uma cadeira de rodas emprestado.
No outro dia as 18 horas, fui ver a senhora no seu velório. Um rosto sereno, já sem vida, dentro de um caixão. Vestia uma camiseta azul, com a imagem da sua religiosidade, um terço nas mãos, observei a aliança, e uma unha bem feita da cor verde. Vestia também uma blusa meia estação aberta de tricolina marrom.
Fiquei por um momento perto do caixão, por vezes passava duas crianças, uma até passou a mão na testa, envolta a uma tela protetora de pano. Passou um pouco de tempo, e os familiares, cantaram três músicas cristãs.
"Cura, senhor, onde dói
Cura, senhor, bem aqui
Cura, senhor, onde eu não posso ir."
E foram outras e outras, passou um tempo e sai.
A sensação de ver a morte é algo que me instiga a escrever, não sinto agradável, todavia acontece comigo. Fica aqui o registro.