SOMOS TODOS UMA SÓ NAÇÃO DE POVOS

As faces de um olhar mais profundo, define e distingue o modo como enxergamos a realidade de um local, de um povo, de uma cidade, de um estado e de um país.

Nordeste: História, memória, Sertão, aridez, seca, fome, cangaço, Vida.

Praias, belezas, roteiros, natureza, música, dança, sorriso alegria, Vida.

Sul: História, memória, costumes, tradições, belezas, progresso

Sudeste: História, memória, trabalho, arte, cultura, riqueza, produção, desemprego, fome favela, violência.

Em todas essas regiões, existem o belo e o feio, o bem e o mal, existem pessoas que ao seu modo, tentam levar adiante a sua forma de vida, seu modo de compreensão, sua religiosidade, seu padrão e estilo de vida.

O nosso extenso país é composto de 26 estados, 5.568 municípios + o Distrito Federal que é a capital do país.

Em todos esses lugares existem povos diversos que se misturam e dividem o Brasil em vários Brasis e também dividem o mundo, pois há brasileiros (em presença ou em intelectualidade) em cada continente que você puder imaginar: ÁSIA, AMERICA, AFRICA, ANTARTIDA (OU ANTÁRTICA) EUROPA OU OCIANIA.

Cada um buscando o seu melhor esteja onde estiver. Não importa a língua falada, os gestos e costumes, as coisas belas ou feias que se vejam aos olhos de quem tem a percepção do olhar. Todos seremos brasileiros, mesmo que vivamos a mais de 50 ou 60 anos na Europa, na Ásia, em qualquer hemisfério. Teremos sempre o orgulho de lembrarmos dos sertões, das praias, das lagoas, do verde da campina, da nossa cultura, dos nossos sotaques e do nosso modo de viver.

Uns vão, outros ficam e tornam-se acomodados pela falta de oportunidade ou de iniciativa que os fazem “FIÉIS” ao seu local de origem e se prendem em suas terras, em suas aldeias, em suas cidades, em seus municípios por mais inóspitos que sejam, (vistos por outros olhos) mas foi a sua escolha e somente a pessoa que opinou por esse modo de vida, pode saber o que de fato o levou fazê-lo.

Eu nem sei pra que lado fica a Rússia, e nem como chegar a Groenlândia, ou qual a primeira visão que se tem de Paris, qual a avenida principal que dá acesso a Washington, ou qual a cor do taxi da Rondônia, Roraima, qual a sensação de pisar na estrada da transamazônica, mas isso não me torna um MENOS BRASILEIRO ou um inculto ser por não conhecer os pampas gaúchos ou a neve de Bariloche, tampouco as touradas de Madri.

Todavia, alegro-me em saber que existem pessoas que já tiveram (e talvez continuem tendo) essa experiência maravilhosa que é o desbravar outros lugares em busca de entretenimento, negócios, ou simplesmente pela curiosidade que o levara conhecer estes lugares que acredito ser maravilhosos.

Confesso que eu gostaria de ser um SENHOR MOCHILA NACIONAL e com um passaporte que não coubessem mais vistos e pudesse conversar com outras pessoas contando ricos detalhes de cada um desses lugares (não pesquisados pelo google (rsrsrs) mas verdadeiramente por ter fincado os pés em cada um desses lugares.

Mas isso não me apequena, e não me torna inferior aos que já tiveram esse privilégio para fazê-lo.

Toda narrativa, todo texto apresentado tem um significado, um motivo por torná-lo público e isso parte desde o olhar do universo do academicismo, ao mais simples dos seres que mal tiveram uma formação e/ou orientação mais avançada no estudo.

Face ao exposto, acredito que você deva estar se perguntando o porquê desse texto tão extenso, uma vez que poucos lerão na integra o seu conteúdo, ou dar-lhe-ão a atenção que o narrador espera receber? Vamos tentar deixar-lhes inteirados da proporcionalidade do texto ou a quem o mesmo mereça a atenção necessária:

Para contextualizar essa minha narrativa, empreguei alguns exemplos, expondo o modo operandi de cada ser, de cada região ou de cada fase vivida por algumas pessoas que se encaixam perfeitamente nesse meu explanar.

Unir o Brasil com outros brasis (mesmo que vivamos em terras estrangeiras) é assumir essa brasilidade e se fazer entender que cada um de nós temos sim o direito as nossas escolhas de vida, de comportamento, enfim...

O Brasil é pequeno diante da gigantesca vontade que temos em desbravá-lo e torná-lo cada vez menor, ao ponto que fomos acumulando conhecimentos em várias outras regiões, numa interação com outros estilos de vida que se propagam de acordo suas próprias vontades e costumes de viver.

O fato é que não importa onde estejamos ou podemos ter a capacidade ou a condição de ir, o que importa é que todos nós, somos povos e irmãos.

Eu estou aqui, mas lá numa das ilhas do Havaí (Em Kauai por exemplo) tem um ser humano igual a mim, só que com gestos e costumes e língua diferente da minha, mas ele não deixa de ser um desses meus irmãos que habitam no mundo.

O que nos distancia de fato, não são as milhas (aéreas, náuticas ou terrestres).

O que nos afastam e nos tornam ignorantes, são as nossas ações em discriminar pela cor, pelo gesto, pelos costumes. Pelo sotaque, pelo modo e pela densidade geográfica que nos dividem na constituição desse vasto mundo criado por Deus.

O que nos afasta, são esses olhares de dizer em brados ensurdecedores que os NORDESTINOS são miseráveis, são desgraçados, são aproveitadores, usurpadores das suas terras, dos seus espaços, tomando-lhes, as vagas dos seus empregos, enfeando as suas ruas, praças, avenidas, praias, no seu ofício de serem vendedores seja de qualquer produto que for.

Quem pensa assim, quem age assim, quem ver o mundo por essa ótica, quem assim se expressa achando que vai consertar o mundo fazendo acepções pelos seus próprios irmãos, podem estar vivendo em qualquer lugar do mundo, mas se não mudar o seu conceito humano para entender as coisas, jamais se libertará mesmo que estejam vivendo do outro lado do planeta.

Esse passeio geográfico que lhes convidei fazer, foi tão somente com (e pela) intensão maior de propagar o meu repudio que com tanta veemência exteriorizo do meu ser para dizer a estas pessoas que se agem, que elas não são melhores do que ninguém e que o Nordestino, o Sulista, o Nortista, o Gringo tem o mesmo direito de viver na face da terra pois é um contribuinte da vida humana que faz esse globo(FRIO OU QUENTE) girar em torno de um equilíbrio, e tem a mesma proporção e importância do EIXO IMAGINÁRIO que demarcam o nosso existir.

O texto pode ser até um tanto extenso, mas extenso mesmo, é a ignorância propagada por alguns, que exercendo o seu lado mais torpe da ignorância, tece comentários para tentar DENEGRIR uma nação, que sem ela tornaria o Brasil bem menor, do que o exemplo acima citado acima, quando afirmo que o Brasil é pequeno.

Deveríamos estampar os rostos dessas pessoas em outdoors pelo País e pelo mundo, para que todos conhecessem como agem as pessoas que há muito tempo perderam o senso de humanidade e de afeto ao seu semelhante.

Tenho certeza de que para o nordeste, elas jamais terão a coragem de vir. E se um dia, achando que tudo passou e crê que já esquecemos suas ofensas algumas destas pessoas resolver vir ao nordeste, tomara que venham, e conheçam DE CARA, a hospitalidade (E NÃO A HOSTILIDADE) que tem o povo nordestino em receber quem vem nos visitar.

Que relevemos o episódio da ignorância expressa por alguns, mas que jamais esqueçamos, que a qualquer momento, em algum lugar desse mundo, terá sempre uma mente ignorante pronta para difamar PRIORITARIAMENTE a conduta do povo NORDESTINO que a todos recebe, abraça, zela e cuida para que seja quem for, seja bem recebido em nosso solo amado chamado NORDESTE

Carlos Silva

Caldas de Cipó – BA. 16 10 2022

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 16/10/2022
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