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Ping-pong deixou de ser legal!

 

Quando adolescente, gostava muito de exercitar e praticar diversos esportes. Por conta disso, meu pai dizia, costumeiramente... “para o que não dá dinheiro, você é um especialista e tem talento”. 

 

Claro que ele tinha as suas razões. Preocupava-se com a sustentabilidade futura. Não que desgostasse das atividades esportivas. No fundo, até ficava satisfeito com minhas conquistas. Vibrava orgulhoso, ao me ver feliz com medalhas e troféus, desfilando faceiramente dentro de casa.

 

O futebol sempre foi o meu favorito. Por influência dele (meu pai), tornei-me fervoroso torcedor do Vasco da Gama. Paixão cultuada e alimentada todos os dias da vida. Quem me conhece verdadeiramente, não ignora esse traço característico da personalidade.

 

Além do futebol, praticava inúmeras outras modalidades... natação, ciclismo, vôlei, judô e, até, um esporte inventado pelos ingleses “mesa-tenismo”. Aqui no Brasil, ganhou um eufemismo interessante: ping-pong.

 

Por ser fácil de jogar, utililizando-se qualquer espaço pequeno ou grande e relativamente barato (mesa, rede, bolinhas e par de raquetes), o ping-pong rapidamente se popularizou no país.

 

A dinâmica é bastante simples... dois competidores tentam vencer o oponente, jogando a bola para o lado oposto. São necessários habilidade, força, precisão e velocidade nos golpes. Mais uma condição essencial: a decisão acertada sobre a escolha de cada golpe. Enfim... deslocando-se o adversário a todo instante, quase sempre, obtém-se a vitória.

 

Passados tantos anos, os esportes ainda são importantes em minha vida. Entretanto, o “ping-pong” ganhou outro significado e nova conotação de vida. Vejo-o atualmente como “desconstrução” de imagem, quase uma execração: em alguns casos que conheço, pessoas que se amaram ao extremo e foram tão importantes para o outro... motivadas por vaidades ou interesses imediatos e divergentes, tentam destruir tudo o que aconteceu de bom anteriormente. 

 

Em situações assim... ignora-se as limitações da vida ou as dificuldades do parceiro. Valoriza-se mais o "status quo" ou a perspectiva de outros relacionamentos. Joga-se fora o que foi edificado, ao longo de "toda uma história a dois".

 

Nessas circunstâncias... qualquer mal-entendido é motivo para a troca de farpas. Por exemplo: uma comunicação inadequada, decorrente de frases mal colocadas ou inviezadas, poderá gerar verdadeira convulsão. As palavras se tornam ásperas e os sentimentos negativos são predominates. Aí vem o corriqueiro bate-e-volta. Um verdadeiro ping-pong!

 

Mas... a vida é assim mesmo!!!

 

Antônio NT
Enviado por Antônio NT em 12/10/2022
Reeditado em 13/01/2024
Código do texto: T7625867
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