Nice fofinha, oh!!!!
Nice, senhora interiorana, passou por momentos inusitados. Indo às compras em sua cidade, em avenida movimentada, pela manhã, de um dia como outro qualquer. Passou na padaria, depois no supermercado, seguindo para o açougue, seguia tranquilamente e distraída pela avenida principal de seu bairro, quatro faixas, canteiro central, pontos de ônibus quando, de repente, surge uma jovem, cerca de vinte anos, completamente nua, que a agarra dizendo: "fofa, você é fofa e quentinha, uma ursinha, quero te abraçar até me esquentar, fofa, fofinha."
Ponto de ônibus lotado, ninguém entendia nada, todos achavam que era pegadinha, câmera escondida, inclusive.
Nice congelou, precisou três homens para conseguir tirar a moça, grudada que com os agarrões derrubou Nice e rolava com ela, as sacolas pela calçada, as compras esparramam. Socorro, que sufoco... Assim que se desvencilhou, Nice saiu, como se diz, catando cavaco, atordoada e se refugiou do outro lado da avenida, em uma farmácia, para acompanhar o desfecho. A polícia foi chamada, a jovem foi identificada como fugitiva de uma casa de saúde mental e encaminhada de volta, estava em surto. Pensa que terminou por aí? Nice foi reconhecida e conduzida à delegacia para prestar depoimento, exame de corpo delito e tudo mais, sem as compras e com a imagem dos três homens sem camisa para cobrir o corpo da pelada e ela gritando "fofa, fofinha me espera, vem me esquentar…"
Outra situação inusitada: viagem para Foz de Iguaçu , tudo certo, agência , voucher, aeroporto de Guarulhos, amiga Satomi, as duas conversando e enfrentando a fila de conferência e despacho das malas, tudo tranquilo. Portão de embarque, tudo parecia normal, mas com a Nice sempre espere o inesperado. Fila para pessoas prioritárias, lá vai Nice com a Satomi acompanhando. Na sua frente um senhor calvo, de uns setenta e poucos anos, reclama da demora, alegando que tinha feito cirurgia no quadril. Nice, toda prestativa: "o senhor pode se sentar, assim que liberar o senhor retorna". Ele, indignado, continuou a reclamar e não saiu da fila. Então, começou a contar de suas cirurgias, as duas dando atenção, até que ele pergunta "quer ver as cicatrizes?" Como não disseram nada, ele simplesmente baixou a calça e mostrou sua nádega peluda dzendo: "minha cicatriz é no cóccix". Foi só risada, as duas não conseguiram se segurar, ficaram por um bom tempo com o bordão: – "Quer ver? Oh!!!! kkkkk"