Insatisfação feminina
Estudos feitos eles por Betsey Stevenson e Justin Wolfers pesquisadores da Universidade da Pensilvânia nos Estados Unidos por décadas mostra a insatisfação feminina. neste estudo, ficou comprovado que, se de um lado as mulheres estão com toda a liberdade que sempre almejaram; ou seja, a de decidir sobre a própria vida prática – profissional, por outro lado, mostram-se em grande maioria, altamente insatisfeitas e cansadas tristes e estressadas, no que se refere ao campo afetivo.
A verdade é que até os anos 60 antes, da verdadeira emancipação da mulher, elas se “contentavam” com seu papel de esposa e mãe, mas, sabe-se também, que muitas delas sentiam um vazio em suas vidas, algo lhes faltava para sua felicidade. Elas tinham tudo, vamos dizer assim, no campo afetivo - no subjetivo. No entanto, algo lhes faltava no campo objetivo - no prático.
Será que a emancipação da mulher deu certo? Por que será que muitas estão insatisfeitas se conquistaram tudo o que queriam e que “achavam” que ia fazê-las felizes? E por que não estão? Não que eu seja antifeminista, isso não, mas concordo com o velho ditado que diz: “Não se pode servir a dois senhores”. As mulheres saíram de casa, queimaram sutiãs, gritaram por liberdade, por igualdade de direitos e agora estão cansadas, claro, pois continua em suas costas a responsabilidade emocional pela casa e pela família, criando-se assim o pesadelo da jornada dupla e por que não dizer tripla de toda mulher que trabalha fora. Além da preocupação em ganhar mais dinheiro, poder e sucesso elas ainda têm de ser mães, donas-de-casa, mulher e aparecer sempre lindas, maravilhosas, jovens, e sexy. Ufa!!!. Claro, elas não estão conseguindo segurar as barras do cotidiano. Não resta a menor dúvida de que esta multiplicação de papéis que a mulher, dita moderna e emancipada, carrega sobre seus ombros é que está trazendo para ela toda essa insatisfação, essa tristeza e essa angústia sem fim.
Para que a mulher encontre o equilíbrio entre o objetivo e o subjetivo é preciso que ela repense seus valores e resolva de que lado deseja estar. Que papel ela deseja exercer neste mundo cruel. Enquanto isso não acontece, muitas optam pelo trabalho, pelo sucesso profissional em detrimento da família mas, com os anos, ela mesma descobre a falta que uma família faz e aí começam o dilema e as frustrações.
Na reportagem da “Época,” aparece uma pergunta: “Será que os conservadores que sempre denegriram o feminismo como antinatural teriam razão? Será que as mulheres seriam mais felizes se retomassem seu tradicional papel de mães e esposas”?
Posso até está passando ao leitor a imagem de uma mulher anacrônica, antiquada, uma mulher com ideias atrasadas, mas sinceramente, acho que a mulher seria muito mais feliz se soubesse dosar a sua carga horária com a sua vida pessoal e familiar. Claro que acho importantíssimo que ela trabalhe fora de casa, que ocupe o seu lugar na sociedade e no mercado de trabalho, que alcance o seu sucesso e sua independência financeira.
Agora, o trabalhar fora o dia inteiro e o cuidar da casa e da família, decididamente, não formam um par perfeito. Por isso, faz-se necessário que a mulher saiba equilibrar bem esse dualismo: trabalho e família, só assim, ela talvez consiga atingir o caminho para a tão sonhada felicidade.