E que se dane o rei
Veja só como é a vida, esse breve redemoinho de poeira que nos faz girar, girar e girar...
Trinta e três anos e finalmente, após todo esse tempo, estou saindo daqui, desse fim de mundo (Judas, não garanto, mas se der, levo tua bota!).
Trinta e três. Número simbólico, cabalístico. Não foi aos 33 que, dizem, Jesus morreu e logo depois ressuscitou? Pois bem, faço uso do símbolo: em breve morro para esse bairro, e, se tudo ocorrer como o esperado, ressuscitarei em outro lugar, respirarei novos ares; ares praianos.
Now so long, Marianne!
Adeus Jardim Fortaleza, adeus fortalezenses, vou me embora para minha própria Pasárgada! Lá também poderei andar de bicicleta, lá as ruas são planas, diferente das ruas daqui, que só pra descer que o santo ajuda. A morena também vai comigo, portanto, também terei a mulher que quero!
E que se dane o rei, não quero sua amizade!
Sei que vou morrer não sei o dia
Levarei saudades da Maria
Sei que vou morrer não sei a hora
Levarei saudades da Aurora.